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Operação Delegada: necessária

3 de julho de 2014

 

Em abril último, o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciava oficialmente a retomada de um dos convênios mais bem sucedidos contra o comércio irregular em territórios urbanos: Operação Delegada.

 

Essa medida prevê que o governo estadual pague diárias extras aos policiais militares, criando uma espécie de ‘bico oficial’ que consiste no aumento da jornada de trabalho para até cinco mil agentes. Na ocasião, o governador alegou que um soldado da PM poderia receber até R$ 1.500 em um único mês pelas horas extras. A Operação Delegada foi retomada incialmente na capital paulista e na região metropolitana do Estado.

 

Na época da retomada da operação, o governo estadual vinha sofrendo forte pressão pública em decorrência dos elevados índices de criminalidade registrados na capital, apresentados dias antes ao anúncio oficial da nova Operação Delegada. Estatísticas apontavam uma brusca alta de 47,6% em roubos e furtos na capital, em comparação aos três meses anteriores.

 

Criada na gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), a Operação Delegada consiste em um convênio entre o governo do estado e as prefeituras para reforçar o policiamento e reduzir os índices de criminalidade. Hoje, é o município quem arca com os custos do bico do PM, conhecido oficialmente como Diária Extraordinária para Jornada Especial (Dejen).

 

Nesta nova versão da operação, o dinheiro sai dos cofres públicos estaduais e, assim, municípios que não antes não tinham condições de fazer o convênio agora o podem. Alckmin aponta que há um custo financeiro para o Estado com isso, mas que a necessidade de se garantir mais segurança por mais tempo nas ruas é prioritária. Ao contrário do que alguns haviam cogitado na época da retomada da atividade, a OD estadual não concorre com a OD municipal, uma vez que o valor pago aos agentes da PM é o mesmo.

 

“Entendemos que algumas Prefeituras têm dificuldades e o Estado também tem seus limites de recursos. De todo modo, objetivamos a segurança pública como uma obra coletiva”, alega o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira.

 

Apoio do Sindilojas-SP

 

Ciente dos benefícios que a Operação Delegada oferece ao comércio da capital, o Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP) presta seu apoio às autoridades comprometidas com a retomada da Operação Delegada.

 

“A manutenção integral dessa operação da Polícia Militar é de vital importância para o comércio legalmente estabelecido na capital, que arca com pesados aluguéis, recolhe elevadíssimos tributos e encargos, gera milhares de empregos e ainda tem de lidar com uma concorrência mais do que desleal com a informalidade das vendas clandestinas e pirataria nas ruas. A frenética atividade do comércio ilegal em São Paulo demanda uma atuação constante das nossas autoridades. Por essa razão, nós, do Sindilojas-SP, vemos a Operação Delegada como uma das alternativas mais coerentes e eficazes contra esse tipo de criminalidade”, justifica o presidente do Sindilojas-SP, Ruy Nazarian.

 

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