Jornal DCI: Desemprego tende a crescer no curto prazo
Fonte: Jornal DCI
Especialistas e o próprio governo afirmam que a situação do mercado de trabalho está cada vez mais complicada. Isso devido não só à situação econômica que prejudica a criação de postos, como também pelo aumento da procura das pessoas por emprego.
“Estamos passando longe de um momento favorável do mercado de trabalho. Estamos diante de um quadro em que mercado não está gerando postos de trabalho, pelo contrário, há uma perda de quase meio milhão. E então você percebe tendência de mais pessoas indo buscar trabalho”, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele apresentou ontem a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), cuja taxa de desocupação em agosto de 2015 foi estimada em 7,6% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas. O patamar ficou praticamente estável frente a julho (7,5 %). Porém, no confronto com agosto de 2014, a taxa subiu 2,6 pontos percentuais, ao passar de 5,0 % para 7,6 %. Além disso, a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados, estimada em R$ 50,2 bilhões em agosto, recuou 5,4%, na comparação anual.
“A população ocupada deve permanecer contraindo devido à retração na atividade econômica. A taxa de participação ainda em baixo patamar deve contribuir para um aumento do desemprego nos próximos meses. Com a massa salarial em queda e a confiança dos consumidores em mínimo histórico, esperamos novas contrações no consumo das famílias à frente [o que piora a confiança das empresas]”, disse Rodrigo Miyamoto, analista do Itaú Unibanco, por meio de nota.