MPE: começo de ano bastante delicado para o setor
Fonte: Revista Sindilojas-SP
Ao que tudo indica, a situação não está nem um pouco fácil para as micro e pequenas empresas paulistas. Se, como defendido por diversos especialistas, 2015 fechou como um dos piores anos econômicos para elas, 2016 está provando ser igual, se não pior.
De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae-SP entre fevereiro e março deste ano, o faturamento das MPEs em janeiro despencou para 20,3%, na comparativa direta com o mesmo mês de 2015. Detalhe: isso, já descontada a inflação.
Segundo o relatório, todos os setores – comércio, indústria e serviços – apresentaram recuo no faturamento do primeiro mês deste ano.
O diretor técnico do Sebrae-SP, Ivan Hussni, explica que o cenário desfavorável é um óbvio reflexo do momento político e econômico do Brasil. Para ele, a atual instabilidade socioeconômica a qual o brasileiro ora se sujeita estimula uma crise em cadeia que reduz os investimentos das empresas. Hussni entende que o nível de desempregabilidade no país amortiza ou quase anula o consumo que, por sua vez, já tem sido bastante comprometido pelos agressivos índices inflacionários.
A receita total das micro e pequenas empresas de São Paulo foi de R$ 40,4 bilhões em janeiro deste ano, R$ 10, 3 bilhões a menos do que no mesmo mês do ano passado e uma perda de R$ 8 bilhões na comparação com dezembro de 2015.
Tantos dados desfavoráveis acabam comprometendo os trabalhadores da categoria. A taxa de ocupação nas micro e pequenas empresas paulistas em janeiro deste ano caiu 1,9% em comparação a janeiro de 2015. A folha de salários caiu 3,2%. Contudo, o rendimento dos empregados apresentou alta de 2,6% – já descontada a inflação.
MEI – O quadro também não está nem um pouco entusiástico para os microempresários individuais, aqueles que empreendem sozinhos – ou com o suporte de, no máximo, um funcionário – um negócio cujo faturamento anual alcance até R$ 60 mil.
De acordo com o Sebrae-SP, em janeiro, eles perderam 27,8% em seu real faturamento, em comparação ao mesmo mês do ano passado.
LEIA A ÍNTEGRA DESTA MATÉRIA NA EDIÇÃO 167 DA REVISTA SINDILOJAS-SP