Falta produto na gôndola quando o cliente procura? Sua loja talvez precise rever processos
A cena indesejável acontece em qualquer loja, independente do porte: o cliente chega até a gôndola e não encontra o produto que procura. A reação do consumidor pode ser de insatisfação, desapontamento e até mesmo irritação. Prejuízo certo para o lojista.
Especialistas chamam esse tipo de ocorrência de “ruptura”. Apesar de todos os esforços, o aumento da complexidade da distribuição e o aumento do número de itens oferecidos pelo varejo afetam e puxam para cima a taxa de ruptura.
Estudos da consultoria Diagma Logística constataram em vários levantamentos que a taxa de ruptura é muito subestimada no varejo. “A gestão das reservas de loja é um tema que ainda necessita ser explorado”, afirma Aurelien Jacomy, diretor da consultoria no Brasil.
Aurelien explica que a ruptura geralmente é medida pelo nível de estoque. “Produto ativo com estoque zero é certamente um indício de ruptura, mas se o produto está em estoque e não é encontrado pelo cliente, acaba se tornando também uma ruptura, pois a venda será perdida”, exemplifica o consultor.
Outra situação comum é ter o produto zerado em estoque, mas, enquanto o cliente não procura pelo item, não é providenciada reposição. “O mundo da moda ou mesmo lojas de eletrônicos e supermercados podem conviver com esse problema”, avalia Aurelien.
Ele recomenda três formas seguras para evitar a ruptura: levantamento visual diário, inventário rotativo e análises estatísticas. Um estudo mais complexo dos processos pode ser parte de um projeto de supply chain específico, para monitorar e controlar as reservas de produto e definir políticas para a gestão de fornecedores.
“A otimização do supply chain e o combate à ruptura podem garantir um aumento aproximado de 2% nas vendas”, completa.