Engajamento da equipe: custo ou investimento?

O foco no engajamento da equipe já existente surge como uma necessidade cada vez mais premente no comércio varejista, sob o conceito dessa ação ser menos onerosa do que insistir na troca constante de funcionários, cenário recorrente em muitas empresas do segmento.

A redução nos índices de “turnover”, expressão utilizada para indicar a alta rotatividade de funcionários em uma empresa, (sendo essa uma dor bem recorrente de diversos empreendimentos do comércio), tem se mostrado necessária em termos econômicos e também como a demonstração da excelência na gestão de um negócio, uma vez que ações dessa natureza remetem à valorização de equipes, à  fomentar o senso de importância e pertencimento aos colaboradores e, por consequência, contribuir  para o bem estar do clima organizacional e o engajamento do time, que é inerente a isso.

Engajamento

De acordo com André Garcia, Head de vendas da empresa Pulses, uma das parceiras do Sindilojas-SP e que oferece soluções tecnológicas para a área de RH,  “falar de pessoas e investir  no desenvolvimento delas é falar da própria base e essência de um negócio, porque entre clientes e colaboradores, temos um contingente 100% composto de pessoas. Assim, é preciso entender de pessoas, das suas características e necessidades, para entender do próprio negócio. Voltar o olhar para as pessoas é promover o engajamento delas, e são essas pessoas engajadas que vão produzir os resultados e alcançar os números que uma organização necessita. Olhar para o engajamento é, automaticamente, olhar para os resultados e os números de uma empresa”.

Ações do engajamento

A necessidade expressa por resultados diante da concorrência visceral no segmento, objetivando a viabilidade e até mesmo a sobrevivência de um empreendimento, faz com que muitas empresas do setor deixem de voltar o olhar, de maneira mais criteriosa e cuidadosa, para a importância desse investimento no clima organizacional e no engajamento de colaboradores, enxergando nisso um custo dispendioso e até mesmo desnecessário.

Entretanto, ao se “jogar luz” sobre esse tema, percebe-se que as ações de engajamento não são nada complexas de serem implantadas, caracterizando-se, inclusive, como medidas mais econômicas e rentáveis para as organizações do comércio varejista, seja em questões financeiras, como também no âmbito da economia e administração do tempo.

O Head da Pulses, André Garcia, resumiu a etapa viável para, em ações concretas, promover o engajamento dos colaboradores e a elevação do clima organizacional:

” Algo que baliza os caminhos do engajamento, e que se adequa a esse cenário objetivo e pragmático do comércio varejista, é o processo de escuta contínua, que consiste em pesquisas sazonais com todos os funcionários para entender os pontos positivos e negativos da empresa, na avaliação deles. E isso não pode ser feito de maneira muito espaçada, mas sim, da forma mais recorrente possível. Utilizando a lógica do próprio comércio, uma loja não efetua a precificação dos seus produtos ou serviços apenas uma vez ao ano. Com essa avaliação perante os colaboradores, o raciocínio tem de ser o mesmo. Em termos práticos, esse trabalho de escuta tem de ser feita de maneira anônima, para que o funcionário tenha voz, mas não amplitude, já que o que um diz, pode impactar diretamente os outros. De posse dessas informações, e de acordo com os padrões e aspectos culturais da empresa, a organização pode implementar as medidas que julgar necessárias para a melhora do engajamento e do clima organizacional, compartilhando com o time, da maneira que considerar mais conveniente”.

Senso de pertencimento

Por fim, André ressaltou a importância das lideranças fomentarem o senso de pertencimento em seus colaboradores, para que haja sintonia e unidade na busca da elevação de resultados e crescimento da marca:

“Quando o colaborador traz dentro de si o “senso de dono”, ele age como se o negócio lhe pertencesse, atuando com um comprometimento muito maior e com o verdadeiro engajamento. Há registros de grandes varejistas que começaram bem pequenininhos e expandiram exponencialmente ao longo do tempo, construíram suas bases através dessa cultura de uma grande família, agregando todos os colaboradores. Essa é uma das grandes fórmulas para se chegar ao sucesso e grandes marcas trilharam esse caminho”.

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