
Confiança de empresários do comércio recua 9% no 1º semestre
Números relativos ao comércio paulistano tem leve sinal de otimismo em junho, mas confiança do empresário ainda segue abaixo de níveis pré-pandemia; queda foi mais acentuada em estabelecimentos maiores.
O Sindilojas-SP, entidade que representa o comércio varejista da capital paulista, alerta para a queda da confiança do empresário do comércio paulistano no primeiro semestre de 2025. De acordo com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), medido mensalmente pela FecomercioSP, o indicador registrou em junho 101,0 pontos — recuo de 8,9% em relação ao patamar observado em dezembro de 2024, quando o índice marcava 110,9 pontos.
Embora o nível de confiança tenha retornado, ainda que de forma marginal, à zona de otimismo (acima de 100 pontos), esta é a menor pontuação para os meses de junho desde 2021. Em relação a junho de 2024, a queda foi de 5,6%.
Focos de retração
A retração foi mais intensa entre as empresas com mais de 50 funcionários, cuja confiança caiu 13,5% em seis meses, contra 8,8% de queda entre os pequenos estabelecimentos. Ainda que os níveis estejam hoje praticamente equivalentes (102,7 pontos para grandes e 101,0 pontos para pequenos), o recuo mais forte entre os maiores aponta para maior incerteza no médio prazo.
A análise por componentes do ICEC revela um cenário de alerta: enquanto o subíndice de expectativas ainda se mantém em zona de otimismo (129,5 pontos), as condições atuais do setor foram avaliadas com apenas 73,5 pontos — uma queda de 11% no semestre e de 6,2% em 12 meses.
Momento de atenção
Para o presidente do Sindilojas-SP, Aldo Macri, o momento exige atenção:
“Apesar de uma leve melhora nos últimos meses, os números mostram que o comércio enfrenta um primeiro semestre desafiador. A inflação persistente, os juros elevados e decisões recentes que afetam diretamente o custo do crédito, como o aumento do IOF, freiam o apetite por investimentos e dificultam a recuperação do setor. A confiança do empresário é o termômetro da disposição para expandir, contratar e girar a economia.”
Macri também ressalta que o segundo semestre tende historicamente a registrar um desempenho melhor, impulsionado por datas comemorativas e pela liberação do 13º salário. “Mesmo assim, o nível de cautela permanece elevado, principalmente diante do cenário macroeconômico instável e das incertezas provocadas por medidas internas e externas, como a sobretaxa americana às exportações brasileiras”, finaliza.
Departamento de Economia e Tributação
Dentro de sua estrutura operacional, o Sindilojas-SP possui o Departamento de Economia e Tributação, objetivando levar ao empresário do comércio varejista um rol de informações relacionadas à conjuntura macroeconômica, imprimindo sobre estas as particularidades do setor do varejo.
O Sindilojas-SP leva em consideração o fato de que temáticas como obrigações fiscais, carga tributária e questões relativas à recente regulamentação da Reforma estarão permanentemente presentes no dia a dia dos empresários do comércio.
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