Inflação desacelera e reforça tendência de desinflação no país
Queda da energia elétrica e recuos em grupos essenciais ajudam a conter pressão inflacionária; indicadores ficam mais próximos do teto da meta do Banco Central.
A inflação oficial do país mostrou forte desaceleração em outubro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou apenas 0,09% no mês, após alta de 0,48% em setembro, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Três dos nove grupos pesquisados registraram queda: Artigos de residência (-0,34%), Habitação (-0,30%) e Comunicação (-0,16%). O maior impacto veio da energia elétrica residencial, que recuou 2,39% com a mudança da bandeira tarifária, de vermelha patamar 2 para vermelha patamar 1, reduzindo o adicional cobrado nas contas de luz e aliviando diretamente o índice geral.

No acumulado de 2025, o IPCA soma 3,73%. Em 12 meses, atinge 4,68%, abaixo dos 5,17% observados no período imediatamente anterior e mais próximo do teto da meta de inflação estipulada pelo Banco Central, de 4,50%. Segundo o Sindilojas-SP, o cenário confirma uma trajetória de desinflação mais consistente no país, favorecida pela queda da energia e por sucessivas retrações nos preços de alimentos desde o segundo semestre.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), voltado às famílias com renda de até cinco salários-mínimos, também apresentou estabilidade: alta de apenas 0,03% em outubro. Os preços dos alimentos ficaram estáveis (0,00%), enquanto os itens não alimentícios desaceleraram de 0,80% para 0,04%, novamente influenciados pela queda da energia elétrica, que no INPC recuou 2,33%. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador registra 4,49%, abaixo dos 5,10% do período anterior.

Para Aldo Nuñez Macri, presidente do Sindilojas-SP, o comportamento dos índices traz alívio ao orçamento das famílias e mais previsibilidade ao setor produtivo.
“A desaceleração da inflação em outubro cria um ambiente menos pressionado para o consumo e dá mais segurança ao planejamento dos lojistas. Ainda que alguns custos sigam elevados, a melhora nos índices reforça a perspectiva de um fim de ano com maior estabilidade”, afirma.

A entidade avalia que, com a inflação anual mais próxima do teto da meta, volta ao radar a discussão sobre futuras reduções da taxa Selic. No entanto, eventuais cortes devem ocorrer apenas em 2026, de forma gradual, diante dos riscos de novas pressões inflacionárias internas e externas. Para o varejo, a combinação de preços mais controlados e maior previsibilidade tende a sustentar um ambiente de consumo mais equilibrado, embora oscilações pontuais em insumos ainda possam exigir cautela dos empresários.
O Sindilojas-SP destaca que o avanço do processo de desinflação é positivo, mas o controle completo dos preços depende do equilíbrio entre oferta e demanda e do fortalecimento das contas públicas, fatores que influenciam as expectativas do mercado e, portanto, o comportamento da inflação no longo prazo.
Departamento de Economia e Tributação
Dentro de sua estrutura operacional, o Sindilojas-SP possui o Departamento de Economia e Tributação, objetivando levar ao empresário do comércio varejista um rol de informações relacionadas à conjuntura macroeconômica, imprimindo sobre estas as particularidades do setor do varejo.
O Sindilojas-SP leva em consideração o fato de que temáticas como obrigações fiscais, carga tributária e questões relativas à recente regulamentação da Reforma estarão permanentemente presentes no dia a dia dos empresários do comércio.
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