COVID-19

A culpa das mortes no Brasil não é do comércio

11 de março de 2021

Foto: Banco de imagens Canva

Quem passava ontem (10) no meio da tarde nas proximidades da pista de skate localizada no Vale do Anhangabaú, perto da sede da Prefeitura do Município de São Paulo, pode presenciar duas cenas distintas: de um lado os comércios regulares fechados em obediência à fase vermelha do Plano SP. Do outro, dezenas de jovens aglomerados, sem máscaras, confraternizando e utilizando a pista para suas manobras.

Diante desse cenário, fica a indagação do diretor do Sindilojas-SP e lojista, Walter Luiz Gomes Júnior. “Será que o lojista e seus funcionários que seguem o protocolo de normas de higiene e segurança realmente são responsáveis pelo alastramento da pandemia da Covid-19?”, questiona. E essa questão ecoa na mente de muitos empresários que estão impedidos de trabalhar, causando a indignação do segmento. O Sindilojas-SP (Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo) vem reiteradamente afirmando que os empresários da capital estão há 1 ano convivendo com as duras medidas higiênicas/sanitárias, de distanciamento social e redução na capacidade de atendimento e, por isso mesmo, não representam risco à população.

“É completamente injusto. Nós, que geramos empregos seguindo as normas de segurança estamos sendo duramente punidos, enquanto tantos outros estão se utilizando do jeitinho brasileiro, desdenhando das autoridades e não respeitando qualquer regra, afinal sabem que não haverá punição”, desabafa o empresário.  “Qual a punição exemplar em que faz festa clandestina que a população tem para se espelhar?”, questiona. Em compensação, o comerciante recebe multas pesadas simplesmente por contribuir responsavelmente com a economia do país.

Para o diretor, o que prevalece é a política do pão e circo. “ O futebol, por exemplo, continua. O Palmeiras ganhou duas vezes recentemente, causando duas grandes aglomerações, mesmo com a proibição de público nos estádios”. Walter continua seu raciocínio explicando que esses torcedores retornam aos seus lares levando junto o risco da contaminação de seus familiares e no final das contas a culpa recaí sobre o comércio.

André Rodrigues Castro, também lojista e diretor do Sindilojas-SP, questiona quais os dados que são utilizados pelo Governo Estadual para definir o que pode ou não funcionar. “O que vemos no momento são somente testes sem aferição de resultados, sem apresentação de hipóteses, testes com a população que acaba sempre pagando o preço”, diz André, que acredita que nesse momento, os empresários e empregados estão pagando o preço de mais um lockdown onde se vê que os espaços estão sendo fechados de acordo com a categoria a qual pertencem e não com o critério de aglomeração possível.

“Solitário, o empresário se vê afônico perante a política. Mas é na união que ele pode encontrar a sua voz. Procurem suas entidades representativas para juntos chegarem à soluções”, orienta o Walter.

Representatividade

O Sindilojas-SP é entidade empresarial representante de 30 mil empresas do comércio lojista e 100 mil empresários da cidade de São Paulo, estabelecidos em Shopping Centers, Lojas de rua, galerias entre outros e continua pressionando o poder público e envidando todos os esforços a fim de trazer alternativas viáveis para que as empresas consigam sobreviver há esse 1 ano de pandemia.

×

Olá!

Clique no logo abaixo para conversar pelo WhatsApp com o Sindilojas-SP ou envie um email para faleconosco@sindilojas-sp.org.br

× Como posso te ajudar?