A força do E-commerce brasileiro
Estudo da SBVC traz dados exclusivos sobre o comércio eletrônico e mostra a evolução das 50 maiores empresas do setor no Brasil
São Paulo, novembro de 2016 – No último ano, o e-commerce brasileiro movimentou R$ 41,3 bilhões, segundo os dados do relatório Webshoppers, da eBit. E, de acordo com um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), as 50 empresas listadas como as maiores deste setor, representam 73% desse volume.
Assim como em 2015, as pioneiras B2W e Cnova continuam no topo do Ranking “50 Maiores Empresas do E-commerce Brasileiro”, e neste ano, seguidas por outras seis empresas (Magazine Luiza, Privalia, Grupo Netshoes, Máquina de Vendas, Grupo Herval e Dell), que também acreditaram no e-commerce quando ele ainda era uma promessa, acumulando em mais de uma década de operação, uma sólida curva de aprendizado e desenvolvimento digital, formando assim, o notório “Clube do Bilhão”, do e-commerce brasileiro.
Das 50 maiores operações de e-commerce do País, 18 são puramente online, já as outras 32, são varejistas multicanal de diversos setores do varejo. O estudo mostra também que a expansão média dessas 50 empresas foi de 18,2%, portanto, 2,9% acima do crescimento total de 15,3% das receitas de todo o e-commerce brasileiro. “As principais empresas do setor não somente concentram a maior parte das vendas, como também crescem acima da média. Isso mostra que o consumidor brasileiro quer comprar daquelas marcas que já conhece e em que confia”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
O varejo brasileiro tem buscado a diversificação de canais como um caminho estratégico para atender aos consumidores, prova disso, é a diversidade das empresas com maior expansão em vendas, cujo crescimento foi superior a 100%, de acordo com o Ranking e, são elas: Sunglass Hut, Eletrozema, Madeira Madeira, Evino, Men’s Market, Gallerist, eÓtica, Lojas Renner, Telhanorte e Terra dos Pássaros. “É interessante observar que se trata de empresas de muitos setores diferentes, mostrando que existem oportunidades de crescimento em inúmeros segmentos do varejo. O e-commerce brasileiro tem um grande espaço para evolução e, considerando a tendência de integração das lojas físicas com os canais online, terão uma influência cada vez maior sobre as decisões de compra dos consumidores”, comenta Eduardo Terra.
Segundo Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente da SBVC, a venda no comércio eletrônico ainda é muito concentrada em bens duráveis (eletrodomésticos, telefonia, eletrônicos e informática lideram em volume de vendas). Entretanto, o grupo de moda e acessórios já lidera em número de pedidos, enquanto cosméticos ocupam a 4ª posição neste critério. “Consumidores não vêem canais, vêem marcas e tomam decisões a partir do valor percebido e da oferta disponível. O impacto do mundo digital no varejo vai além das vendas processadas em canais digitais. Consumidores transitam entre “canais” sem se dar conta e o uso indiscriminado e de vários canais em experiências de compra torna-se natural”, ressalta Serrentino.
Sobre a SBVC – Fundada em 29 de maio de 2014, a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) é uma organização sem fins lucrativos, aberta, multissetorial e com atuação complementar às demais entidades de classe do varejo. Sua missão é contribuir para o aumento da competitividade do varejo, por meio de conteúdos e estudos de mercado, promovendo networking entre executivos do varejo de todos os segmentos. A entidade tem como objetivo defender os interesses do segmento e promover ações sociais. A SBVC é sustentada por quatro pilares fundamentais: Conteúdo, Relacionamento, Responsabilidade Social e Apoio Técnico.