Notícias

Alta do endividamento ameniza inadimplência, diz pesquisa

11 de abril de 2025

Levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta que famílias tem ampliado o endividamento como forma de contenção da inadimplência; cenário sinaliza maior consciência no uso do crédito, segundo a entidade.

Mesmo com o crescimento do número de famílias endividadas pelo segundo mês seguido, segundo registros, a inadimplência não avançou em março, conforme Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Pelo levantamento, 77,1% das famílias relataram ter dívidas a vencer — maior patamar desde setembro do ano passado —, mas a parcela inadimplente ficou estável em 28,6%. Já o percentual de famílias que não terão condições de pagar dívidas vencidas recuou para 12,2%.

A percepção é de que o resultado da pesquisa revela o esforço das famílias para manter o controle financeiro, mesmo diante das pressões orçamentárias e os indicativos de avanço nos índices de endividamento e estagnação de inadimplência sugerem consciência maior na utilização do crédito.

Projeções

O estudo projeta que essa tendência deve continuar ao longo do ano, com a expectativa de aumento de 2,5 pontos percentuais no endividamento até o fim de 2025, em relação ao início do ano. A interpretação é de que isso é impulsionado por maior confiança no consumo e pela necessidade de reorganização financeira. A inadimplência, por sua vez, deve recuar marginalmente, com previsão de queda de 0,7 ponto percentual nos 12 meses.

O levantamento também indica que o tempo de inadimplência está diminuindo: 47,6% dos inadimplentes  estão com dívidas em atraso há mais de 90 dias, sendo o menor nível desde maio de 2024

Ao mesmo tempo, o comprometimento da renda com dívidas se manteve em 29,9%, e 20,8% das famílias afirmam comprometer mais da metade da renda com o pagamento dessas obrigações.

Alternativa

O estudo também aponta que os carnês voltaram a crescer e se mantêm como a segunda principal forma de endividamento das famílias, ganhando 1,3 ponto percentual na comparação anual.

O entendimento é que isso reflete que as famílias estão tendo mais dificuldade de acessar fontes formais de crédito e acabam optando por modalidades alternativas, porém, com juros maiores.

Um outro ponto de mudança é o encurtamento dos prazos das dívidas, o percentual de famílias com compromissos superiores a um ano caiu para 34,4% — menor nível desde agosto de 2024 —, enquanto cresceu o número de dívidas com vencimento entre três meses e um ano, indicando preferência por prazos mais curtos.

O Sindilojas-SP faz parte do Sistema Confederativo do Comércio, participando das ações em Defesa do Comércio  conjuntamente com a Confederação Nacional do Comércio e a FecomercioSP.

Suas opiniões são importantes para defesa e solução dos problemas do Comércio Varejista. Seja um associado do Sindilojas-SP!

Ligue 11 2858-8400,  FALE CONOSCO  ou ainda pelo WhatsApp 11 2858-8402

×

Olá!

Clique no logo abaixo para conversar pelo WhatsApp com o Sindilojas-SP ou envie um email para faleconosco@sindilojas-sp.org.br

× Como posso te ajudar?