Departamento de Economia e Tributação

Copom: cortes na taxa de juros devem ficar para 2026

14 de novembro de 2025

Sindilojas-SP avalia que política monetária continuará restritiva até melhora fiscal. Entidade vê juros elevados como reflexo da falta de confiança nas contas públicas e alerta para impacto no varejo.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa Selic em 15% ao ano em reunião mais recente, confirmando as expectativas do mercado. Embora os índices de preços tenham mostrado leve desaceleração nos últimos meses, a inflação segue acima do teto da meta do BC, e o cenário de incertezas fiscais impede qualquer flexibilização monetária no curto prazo.

Em comunicado, o Banco Central destacou que os riscos inflacionários permanecem elevados, citando a desancoragem das expectativas, a persistência da inflação de serviços e a influência do câmbio depreciado. Para o Sindilojas-SP, a decisão reflete a falta de confiança na sustentabilidade fiscal do país e reforça a tendência de manutenção de uma política monetária contracionista.

Apenas em 2026

O país convive com juros em patamar recorde desde 2006, o que afeta diretamente a atividade econômica. O crédito continua caro tanto para as famílias quanto para as empresas, comprometendo a rentabilidade dos negócios e freando o consumo”, afirma Aldo Nuñez Macri, presidente do Sindilojas-SP.

De acordo com o levantamento da entidade, com base em dados do Banco Central, o custo do crédito no sistema bancário segue elevado, limitando investimentos e reduzindo o poder de compra da população. A projeção é que eventuais cortes na taxa básica de juros ocorram apenas em 2026 e de forma gradual, à medida que o comportamento da inflação e o equilíbrio fiscal apresentem sinais mais consistentes.

Controle de inflação

“Enquanto não houver um ajuste concreto nas contas públicas, o Banco Central continuará usando a taxa de juros como instrumento de controle inflacionário. Para o empresário, especialmente no varejo paulistano, a mensagem é clara: é preciso planejar, reduzir custos e preservar liquidez para enfrentar um período prolongado de crédito restrito”, reforça Macri.

O Sindilojas-SP avalia que a prudência financeira será essencial para os negócios. Em um ambiente de demanda enfraquecida e juros altos, o fortalecimento do planejamento e da eficiência operacional será determinante para a sustentabilidade das empresas.

Departamento de Economia e Tributação

Dentro de sua estrutura operacional, o Sindilojas-SP possui o Departamento de Economia e Tributação, objetivando levar ao empresário do comércio varejista um rol de informações relacionadas à conjuntura macroeconômica, imprimindo sobre estas as particularidades do setor do varejo.

O Sindilojas-SP leva em consideração o fato de que temáticas como obrigações fiscais, carga tributária e questões relativas à recente regulamentação da Reforma estarão permanentemente presentes no dia a dia dos empresários do comércio.

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