Lojistas tentam renegociar aluguel em shopping centers
Afetados pela queda vertiginosa do consumo em todo o país, lojistas estabelecidos em shopping centers têm negociado com as administrações dos empreendimentos por uma redução nos valores dos aluguéis e pela revisão das condições estabelecidas em seus respectivos contratos com as mesmas. Com o forte recuo nas vendas e o número cada vez maior de inaugurações de empreendimentos concorrentes, muitos shoppings vêm perdendo poder de barganha nessas negociações com os lojistas e estão praticamente induzidos à revisão dos contratos. As lojas menores de shopping – as chamadas “satélites” – estão entre as principais reivindicantes dessas negociações.
O que querem os lojistas | Existem dois tópicos prioritários nessas (tentativas de) negociações com os shopping centers: o primeiro deles é a redução no percentual sobre as vendas, fator que determina o valor do aluguel. O segundo se refere à revisão, parcelamento ou até, dependendo do caso, cancelamento do 13º aluguel pelas lojas todo fim de ano. Esse aluguel corresponde a uma taxa que pode variar de 3% a 8% sobre o faturamento da loja, dependendo do porte da empresa. Essa taxa costuma ser menor para grandes redes e magazines: cerca de 2%. Em suas tentativas de negociação, os lojistas têm apontado como argumento de base o excesso de oferta de shopping centers no atual mercado.
Segundo alguns reivindicantes, existem cidades que inauguraram de dois a três novos empreendimentos no decorrer dos últimos cinco anos. Ante tal colocação, se o shopping não demonstrar interesse de negociação, o lojista muitas vezes alega sair para se estabelecer em um centro de compras concorrente – ao custo de quebra de contrato. Segundo dados do Sindilojas-SP, entidade que representa oficialmente os lojistas de shopping centers, 2015 pode oferecer mais de 20 mil novos pontos de vendas aos comerciantes. Essa projeção leva em consideração circunstâncias como expansões de redes, aberturas e rotatividade no mercado.
Algumas administrações de shoppings defendem que o planejamento dos lojistas deveria levar em consideração as constantes oscilações do mercado atual, derivadas da alta inflação e da oferta cada vez menor de crédito. Elas alegam que existem riscos muito altos em rever contratos em períodos de desaceleração econômica, tanto para os shopping centers como para os próprios lojistas.
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