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Na mídia: varejo perde fôlego

25 de setembro de 2014

 

Fonte: Diário do Comércio

 

Os dados das vendas do varejo restrito (que exclui a comercialização de veículos, motos e material de construção) referentes ao mês de julho da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dão conta de uma redução de 1,1% em relação ao mês de junho, descontados os efeitos sazonais, o que configura o pior resultado mensal desde 2000, equiparando-o ao recuo observado em outubro de 2008, logo após o estouro da bolha financeira internacional.

 

Na comparação com o mesmo mês de 2013, tanto as vendas desse segmento quanto as relativas ao varejo ampliado (que inclui todos os setores) mostraram quedas de 0,9% e 4,9% respectivamente. No acumulado em doze meses as duas categorias seguem desacelerando, com destaque para a segunda, devido à forte retração das vendas de veículos. Na mesma base de comparação quase todos os setores apresentam comportamento fraco, exceto farmácias e perfumarias e utilidades domésticas.

 

Evidentemente, os resultados negativos de julho devem ser imputados à redução de dias úteis decorrente da realização da Copa do Mundo, porém, ao serem de caráter generalizado sugerem que também deva considerar-se como causas o menor crescimento do crédito, o aumento dos juros, a elevação do custo de vida, a menor expansão dos salários e do emprego em geral, redundando na queda da confiança do consumidor.

 

As perspectivas para o resto do ano não são muito alentadoras, pois, terminado o “efeito Copa”, os fatores anteriores continuariam limitando a recuperação do varejo. Mesmo com o melhor resultado esperado para os próximos meses, devido à proximidade do fim de ano, a expectativa de crescimento anual é bastante moderada, situando-se entre 2% e 3%. Como a expansão da atividade depende muito do consumo das famílias, essa desaceleração aumentaria a probabilidade de terminar 2014 com a economia estagnada.

 

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