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Roupa importada atinge índice de 20% do consumo nacional

9 de maio de 2023

Tem se intensificado a preocupação dos comerciantes do segmento de moda e vestuário com o avanço indiscriminado dos sites internacionais de vendas, cuja participação em volume de peças, que era de 13,4% em 2017, subiu para 18,5% em 2022. Se considerar o que chega ao país por meio de plataformas, o percentual atinge 23%, de acordo com o IEMI – Inteligência de Mercado. O Sindilojas-SP tem se mobilizado junto ao Poder Público com o objetivo de proporcionar concorrência mais equânime e justa ao setor. 

*Reprodução Diário do Comércio

Não é de hoje que o setor de vestuário reclama de competição desigual com roupa importada de países asiáticos, especialmente da China.

Alguns produtos chineses, de acordo com representantes de confecções, chegam ao país com preços até menores do que os custos de produção no mercado brasileiro.

A vinda da plataforma chinesa Shein ao Brasil, que faturou por aqui cerca de R$ 8 bilhões somente em 2022, é considerada mais uma objeção para quem fabrica e vende no país.

A ameaça, particularmente falando da roupa importada, sempre foi perigosa para o Brasil, principalmente da China. Agora o setor enfrenta ainda o movimento B2C da Shein, com conexão direta pelo canal verde.

Este canal indica o desembaraço automático do bem importado. Quando o produto passa por ele é sinal de que está dispensado de verificação de documentos e impostos.

Produção

A produção nacional de vestuário, como consequência, está em queda. Em 2022, a produção de 5,14 bilhões de peças caiu 5,8% na comparação com a de 2021 (5,46 bilhões de peças).

Em relação a 2019, a queda foi ainda maior, de 13,4%, de acordo com o IEMI. Como consequência, o pessoal ocupado caiu quase 15%, na comparação com 2017.

Nem todos os dados do estudo, porém, são negativos para o setor. Uma das boas notícias é que subiu 7,9% o número de fabricantes de roupas no país, para 19.535, em 2022.

A reação no número de fabricantes, em 2022, está focada em micro e pequenas empresas que surgiram, principalmente, diante de um mercado de trabalho mais restrito.

No ano passado, de acordo com o IEMI, o país registrou 1.450 novas empresas no setor, em sua maioria com até 20 empregados e faturamento entre R$ 100 mil e R$ 150 mil por mês.

Varejo

O varejo brasileiro de vestuário movimentou cerca de R$ 266 bilhões no ano passado, de acordo com o estudo, dos quais R$ 21,1 bilhões correspondem ao e-commerce.

Foram 6,27 bilhões de peças vendidas, 2,7% mais do que em 2021, mas 2,8% menos do que em 2019 (6,45 bilhões de unidades).

Assim como no caso das unidades produtivas, o número de pontos de venda do setor também subiu no ano passado em relação a 2021, de 130,2 mil para 133,2 mil.

O movimento de aumento de lojas em 2022 já era esperado, de acordo com Prado, com a diminuição de casos mais graves da covid-19 e a volta das pessoas às ruas e ao trabalho.

Segundo prognósticos de especialistas do setor, este é um movimento que deve se manter em 2023, apesar de ser um ano difícil para repasses de custos, além dos problemas que atingem as empresas maiores.

Ainda de acordo com essas previsões, novas surpresas virão por aí, num cenário de inflação e juros em alta, crédito mais restrito e mais caro para as empresas e de dificuldade para realizar aumento de preços.

Recomendações

Depois da pandemia do novo Coronavírus, conforme especialistas, as empresas têm de buscar novo ponto de equilíbrio, pois o mercado mudou muito. Existe recuperação, mas nada de estrondoso e as confecções precisam ter diferenciais e preços interessantes para competir.

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