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Setor têxtil: incentivos peruanos atraem confecções brasileiras

1 de julho de 2016

Contando com o incentivo e o apoio do governo peruano, muitas empresas brasileiras de pequeno e médio porte vêm buscando diversificar sua produção, ampliar suas vendas dentro e fora do país e consolidar convênios na cadeia têxtil com fabricantes latinos.

O Brasil consta como um dos países de forte interesse por parte da indústria peruana, por ser o segundo maior mercado de exportação de roupas de algodão, com 8% de participação. Os EUA ficam em primeiro, com 64%, segundo o Ministério de Comércio Exterior e Turismo (Mincetur) do Peru.

Em 2015, as exportações ao Brasil somaram US$ 61 milhões, mas a participação do Peru no total de roupas que o Brasil traz de fora ainda é pequena: 1,21% das 130 toneladas importadas no referido ano, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Ao Peru interessa fornecer o algodão pima, uma fibra mais longa e de alta qualidade, que só perde para o algodão egípcio, além da fibra de alpaca (lã natural que pode ser mais fina ou mais pesada e é coletada das alpacas que vivem no Peru).

Duas das regiões brasileiras que estão na mira dos peruanos são Blumenau (SC) e Caruaru (PE), tradicionais polos de confecções. O que se discute com os empreendedores é estimular as exportações pelo porto de Itajaí (SC), que concede incentivos fiscais às empresas brasileiras.

A mão de obra qualificada e mais barata, o maquinário de última geração, além de carga tributária e juros menores também já fizeram com que algumas empresas levassem parte da produção para o Peru. Do lado brasileiro, o país vizinho é visto como uma porta de entrada para exportar para a América Latina.

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