
Vendas do comércio paulista recuam 0,3% em agosto
Sindilojas-SP alerta que em relação ao mesmo mês do ano passado a retração foi ainda mais aguda, de 0,8%.
Em agosto, o volume de vendas do comércio restrito paulista apresentou uma queda de 0,3% em relação ao mês anterior, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. Lembrando que o comércio restrito é aquele que desconsidera por exemplo a venda de materiais de construção, automóveis e o atacado de alimentos. No país, por outro lado, houve um pequeno avanço de 0,2%, conforme divulgação do Instituto.
Em relação a agosto do ano passado, houve uma queda ainda mais expressiva na economia paulista, de 0,8%, puxada especialmente pelas reduções dos segmentos de móveis (-32,2%), combustíveis (-5,7%), farmácias (-2,1%) e hipermercados e supermercados (-1,2%).
No acumulado do ano, o comércio estadual possui um avanço de apenas 0,8%, o menor patamar desde março (0,4%). Para efeito comparativo, no país acumula-se um aumento de 1,6% nas vendas em 2025, o dobro do registrado no estado de São Paulo
Índice do volume de vendas do comércio varejista restrito do Estado de São Paulo (%), por atividades – agosto de 2025
Já no desempenho do setor em 12 meses, vê-se que tanto no país quanto no estado de São Paulo há uma desaceleração sucessiva deste indicador desde pelo menos o último mês de abril. Nos doze meses encerrados em agosto, o comércio brasileiro detém de uma variação positiva de apenas 2,2% e o estado de São Paulo de 1,3%.
Evolução índice de 12 meses do volume de vendas do comércio varejista restrito – Brasil e Estado de São Paulo
Fonte: IBGE / Elaboração: Sindilojas SP
Análise
O Sindilojas-SP novamente ressalta a desaceleração do desempenho do comércio em São Paulo e no Brasil nos últimos meses, evidenciada ainda mais pelos dados de agosto da Pesquisa Mensal do Comércio/IBGE. Para termos ideia, comparado ao ano passado, desde abril apenas no mês julho de 2025 houve um aumento do volume de vendas no comércio paulista. No restante foram somente quedas. Até por isso, temos trajetórias claramente descendentes também nas variações de vendas acumuladas no ano e em doze meses, seja para o país, seja para o estado.
O quadro conjuntural neste segundo semestre é desafiador ao consumo das famílias e, consequentemente, ao setor de maior contato com elas, ou seja, o comércio. Juros altos, endividamento elevado e preços “salgados” minam o poder de compra da renda familiar, mesmo que esta renda se mantenha sustentada pelo mercado de trabalho aquecido. O resultado deste quadro negativo transfere-se a performance do comércio, como o Sindilojas SP vem chamando atenção através dos dados estaduais da PMC.
Departamento de Economia e Tributação
Dentro de sua estrutura operacional, o Sindilojas-SP possui o Departamento de Economia e Tributação, objetivando levar ao empresário do comércio varejista um rol de informações relacionadas à conjuntura macroeconômica, imprimindo sobre estas as particularidades do setor do varejo.
O Sindilojas-SP leva em consideração o fato de que temáticas como obrigações fiscais, carga tributária e questões relativas à recente regulamentação da Reforma estarão permanentemente presentes no dia a dia dos empresários do comércio.
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