Vendas no Natal: Estimativa de 109 mil vagas para temporários

Levantamento aponta previsão de abertura expressiva no número de contratações de trabalhadores temporários para a data mais aquecida do comércio varejista.

Considerando o aumento previsto nas vendas das datas sazonais de fim de ano, especialmente no Natal, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), promoveu uma sondagem que estima a contratação de cerca de 109,4 mil trabalhadores temporários para dar conta do grande movimento esperado para o varejo nessa época do ano. Esses números indicam, segundo os dados do estudo, a maior movimentação no ciclo de contratações dessa natureza desde 2013.

A base para a apuração desse resultado levou em consideração os aspectos sazonais das admissões e desligamentos no comércio varejista, registrados mensalmente pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Ainda de acordo com esse levantamento, dentre os setores do varejo que devem concentrar o maior contingente dessas contratações, destacam-se as redes de hiper e supermercados e também o segmento de vestuário, absorvendo 45,5 mil e 25,8 mil postos de trabalho, respectivamente. Isso tende a trazer incentivo e fôlego para os lojistas desse nicho, haja vista serem, historicamente, a segmentação do comércio que mais se beneficia com a elevação das vendas relativas ao período natalino. Conforme dados estatísticos, enquanto o faturamento do varejo cresce nessa época, em média, 34%, o setor de roupas, calçados e acessórios costuma registrar alta de até 90%.

Efetivações

Com relação à expectativa da taxa de efetivação desses temporários, os índices estimados em 2022 devem chegar à 11%, um número 3 pontos percentuais menor em relação ao ano passado. Isso deve ocorrer, conforme a argumentação da pesquisa, porque em 2021 havia uma necessidade maior de reposição dos postos de trabalho que foram fechados por conta das duas ondas de Covid-19.

Salários

No que diz respeito aos salários, a remuneração média para esse ciclo de contratações deve chegar à R$ 1,6 mil, o que representa um avanço de apenas 2,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os valores mais altos, que devem chegar ao patamar de R$ 2,3 mil, compreendem as lojas de produtos de informática e comunicação, seguidos dos estabelecimentos dos ramos de produtos farmacêuticos, perfumaria e cosméticos, com salários de cerca de R$ 1,8 mil. Esses setores, entretanto, correspondem a apenas 2,3% das vagas a serem criadas.

 *Fonte: Correio Braziliense

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