Vestuário: nem mesmo coleção Primavera/Verão favorece segmento
Nem mesmo a sempre oportuna coleção Primavera/Verão será capaz de tirar o varejo de vestuário da linha de risco econômico este ano, segundo especialistas setoriais.
Consumo baixo, renda familiar instável, alta do dólar e diversos outros fatores vêm comprometendo significativamente o desempenho do segmento de moda e derivados este ano. De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP), Ruy Nazarian, o inevitável repasse de preços aos consumidores será ainda maior neste último trimestre do ano, uma vez que o objetivo dessa estratégia é justamente “cobrir” o prejuízo gerado entre janeiro e setembro deste ano.
“Tamanha é a insegurança dos comerciantes desse nicho que muitos deles estão até mesmo prorrogando suas reposições de estoque. Chega a ser impensável, embora seja real, que grande parte dos varejistas de vestuário ainda nem começaram a estocar para o fim de ano, nesta altura do campeonato. Todos estão muito receosos com o Natal, que não dá a mínima indicação de que possa vir a ser o ‘salvador da pátria’ deste ano”, sugere o sindicalista.
Sidnei Abreu, diretor executivo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (Abvtex), explica que ainda não é possível prever a efetividade das novas coleções dentro deste período final de ano até o início do próximo. Para ele, o resultado das vendas dependerá muito das estratégias que cada uma das empresas e redes do segmento adotarão daqui para frente.
As perspectivas para o segmento de vestuário em todo o país é de um desempenho abaixo do registrado no último trimestre de 2014 que, vale a pena resgatar, não foi o mais favorável para o setor do comércio como um todo.
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