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Vírus rouba dados de cartões e faz “compras fantasmas”

4 de outubro de 2022

Malware de origem brasileira clona transações específicas em estabelecimentos comerciais, o que dificulta a identificação pelos consumidores : saiba como se proteger

Em meio aos inúmeros golpes digitais e fraudes aplicadas “na praça”, uma nova ameaça já começa a tirar o sono dos consumidores brasileiros: identificado inicialmente em 2016, um vírus cibernético denominado “Prilex” ganhou, agora em 2022, três novas versões, que recentemente foram identificadas pela empresa de cibersegurança Kaspersky.

Mais sofisticado, o malware criado por criminosos digitais brasileiros e que há alguns anos operava clonando cartões e realizando compras futuras, agora age de forma mais sorrateira, roubando dados de cartões e clonando compras específicas em estabelecimentos infectados.

Segundo a Kaspersky, o que diferencia essa ameaça virtual é a sua forma de atuação, pois ao invés de tentar roubar os dados de cartões atacando diretamente o consumidor com mensagens falsas de promoções, o “Prilex” tem seus ataques direcionados às empresas que trarão maior lucratividade ao grupo criminoso.

Na prática, o “Prilex” consegue invadir o sistema das máquinas de cartão de determinado estabelecimento e, assim, roubar dados e informações de clientes. E o diferencial disso é a capacidade mais discreta que essa nova versão de vírus cibernértico tem de efetuar a clonagem. Se antes ele clonava os cartões dos clientes, agora são as compras que são clonadas nos estabelecimentos, ou seja, as transações comerciais são duplicadas, sendo que uma delas é direcionada para uma empresa fantasma – O estabelecimento comercial não fica sabendo da fraude e o cliente só saberá dela se ele revisar constantemente sua fatura.

Como se proteger

De acordo com a empresa de segurança, o grande desafio deste golpe financeiro é justamente a proteção, pois a única ferramenta que o consumidor final possui é instituir o hábito de conferir constantemente a sua fatura de cartão e no extrato da conta bancária e checar se houve fraude para solicitar o cancelamento da transação fantasma. Caso esse expediente não seja utilizado com bastante frequência, não haverá como identificar a fraude duplicada e o prejuízo ao cliente estará consumado.

Por outro lado, o estabelecimento comercial pode conseguir identificar a presença do malware e removê-lo do sistema. Mas há um outro ponto que torna isso mais difícil: como o empreendimento não é prejudicado pela fraude do Prilex, torna-se mais complicada a identificação de que há um problema no sistema de pagamento via cartões.

Segundo a Kaspersky, a melhor maneira de se proteger é já conhecer a existência do golpe e conseguir identificá-lo nos computadores dos estabelecimentos comerciais. Ainda de acordo com a empresa de segurança contra crimes digitais, o conhecimento prévio é sempre uma forte arma contra ações criminosas dessa natureza.

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