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Compras a prazo no varejo têm forte recuo

10 de setembro de 2015

 

Fonte: Revista Sindilojas-SP

 

 

Bem mais endividado este ano, o consumidor paulistano não apenas vem aderindo a uma contenção cada vez mais rigorosa dos seus gastos, como também está eliminando de vez as compras a prazo, segundo pesquisa de campo do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP). A fim de evitar crediários que, mesmo em longos prazos, teme não cumprir, esse consumidor mais cauteloso tem procurado priorizar suas dívidas já existentes, o que lhe anula qualquer cogitação de novos investimentos, independentemente de valor capital. “As pessoas estão mesmo sem dinheiro e, portanto, estão fazendo de tudo para evitar novos endividamentos”, alerta o presidente do Sindilojas-SP, Ruy Nazarian.

 

Desempregado desde fevereiro, o ex-analista de marketing Alexandre Jatobá alega que ainda está quitando suas dívidas a prazo auferidas no ano passado e que, até o fim de 2015, não pretende fazer mais nenhum investimento parcelado e levado em longo prazo. “A situação está muito complicada. Estou desempregado há quase seis meses e ainda não consegui finalizar minhas dívidas de 2014. Tenho me mantido somente nas compras realmente necessárias e sempre todas elas à vista. Mas a fonte está secando: o seguro-desemprego não é eterno também”, expõe Jatobá.

 

Cautela justificada – Recente pesquisa DataFolha com 2.834 pessoas mostra que, para 78%, a inflação deverá aumentar neste novo semestre. Para 70%, o desemprego vai subir e 58% acham que a situação econômica do país tende a piorar no decorrer dos próximos meses. Esse cenário torna o consumidor cauteloso na hora das compras e muda seu comportamento na hora de escolher a mercadoria. Para Nazarian, do Sindilojas-SP, esse forte recuo nas vendas a prazo impacta principalmente sobre produtos mais caros, como os duráveis: geladeira, fogão, televisor, dentre outros exemplos. Por outro lado, segundo ele, pode ocorrer uma melhora no consumo dos itens mais baratos. No entanto, isso é uma probabilidade e não uma possibilidade concreta, ele enfatiza.

 

Juros elevados – Vaneide Tito, consultora contábil do Sindilojas-SP, corrobora a colocação do presidente do sindicato. Ela explica que os juros elevados estão fortemente ligados a esse recuo vertiginoso nas compras parceladas no varejo. “Neste atual quadro econômico, ocorre mesmo um impacto bem maior sobre os investimentos a prazo, em comparação aos feitos à vista. Isso se dá por causa das taxas de juros elevadíssimas e de uma política de empréstimo muito mais rigorosa e cautelosa por parte dos bancos”, aponta a consultora.

 

Alerta acionado – Em tempos de crise econômica como o atual, não são poucos os especialistas que pautam suas argumentações e orientações sobre a linha da cautela, seja ela sugerida aos consumidores ou aos próprios comerciantes. Evitar transações a prazo é uma das primeiras diretrizes estabelecidas por eles em períodos assim. Aos comerciantes, portanto, resta a alternativa de rever suas estratégias de ofertas no momento, já que a “facilidade” das vendas a prazo já não se mostra mais uma boa opção na atual conjuntura. Nunca o desconto à vista foi tão considerado entre os lojistas como agora.

 

 

 

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