Marketing e reposição no PDV podem ajudar na retomada
Por Patrícia Büll – Consumidor Moderno
Dos sete meses já passados de 2020, quase metade foi sob a influência da pandemia do novo coronavírus. Nesse cenário, falar em promoção, ações de marketing e lançamento, por exemplo, pode parecer prematuro, mesmo com a abertura parcial do comércio. Ainda assim, especialistas garantem que adotar ações de marketing no ponto de venda (PDV) podem ajudar o varejo e a indústria a venderem mais durante a retomada.
Presidente do Comitê de trade marketing da Associação Brasileira de Marketing Promocional (Ampro), Stenio Souza, CEO da Smollan iTrade, empresa internacional de soluções para o varejo, aponta o merchandising como um dos caminhos para ampliar as vendas nessa retomada. Evitar rupturas, com reposição ágil de produtos com maior demanda também ajuda.
Ele explica que disponibilidade, visibilidade e comunicação eficiente em loja continuam a ser uma necessidade, a despeito da nova jornada de consumo. Afinal, o cliente entre a sai dos pontos de venda com muita rapidez. “Esse é mais um motivo para manter equipes em campo – seja para repor os itens na linha de frente do consumo ou ainda para expandir a visibilidade para eles”, pontua Souza.
Ações de marketing, dizem os especialistas, nunca foram tão necessárias para atrair o consumidor.
“UBER” DO VAREJO PARA AÇÕES DE MARKETING
Essa ação requer promotores, algo que muitas empresas reduziram durante a pandemia. Nesse caso, uma solução pode ser a contratação de profissionais por demanda, nos mesmos moldes do Uber.
É isso o que oferece a Allis, empresa especializada em field marketing, que são as ações no PDV. A empresa idealizou o Allis On Demand, aplicativo que conecta indústria e varejo com promotores de venda. O produto foi desenvolvido em setembro de 2019, mas ganhou impulso com a pandemia.
De acordo com o CEO da companhia, Wagner Gutierrez, os chamados saltaram de 35 mil nos primeiros meses da pandemia para 70 mil em julho, sendo 90% por demanda da indústria. A empresa espera chegar a 200 mil chamados até o final deste ano. Para isso, deve contratar pelo menos mais 900 profissionais. Atualmente, a empresa conta com 600 promotores cadastrados, que trabalham com contrato em regime intermitente.
Funciona nos mesmos moldes do Uber: a empresa faz o pedido, a Allis lança no aplicativo e o promotor que aceita a “corrida” se dirige ao PDV. Grupo Pão de Açúcar, Wickbold, AB Brasil, Duracell e Ambev são exemplos de empresas que já utilizam o serviço.
NÃO TEM GRANA PARA PROMOÇÃO? VEJA ESSAS DICAS
Especialista em construção de marcas no PDV e diretor da Allis Comunicação, André Romero dá algumas dicas que podem ajudar na retomada.
– FÍSICO E DIGITAL: Trade marketing tem que se unir com o marketing. Isso permitirá que ações trabalhadas no meio digital sejam estendidas para o canal físico;
– ALÉM DO BÁSICO: O consumidor tem frequentado as lojas mais rapidamente, atrás somente dos itens básicos. É importante desenvolver ações específicas para esse momento;
– UNIÃO DE MARCAS: É fundamental que as marcas se unam neste momento e que sejam mais colaborativas. Ações conjuntas, como os famosos “promo packs”, pode ser um caminho saudável para aumentar as vendas;
– PREÇO: O consumidor está em busca de vantagens e economia. Ações do tipo “Compre e Ganhe” ou embalagens econômicas são uma boa pedida;
– CROSS MERCHANDISING: Mais do que unir forças, as marcas devem provocar ações de marketing inesperadas. Para isso, é indicada a exposição do produto em áreas incomuns. Categorias que não são de necessidades básicas precisam tomar essa iniciativa para entrar na cesta de consumo.
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