Gestão

Vendas descentralizadas e 13º aquecido dão o tom do varejo no fim de ano

26 de novembro de 2025

As vendas de fim de ano começaram, e o varejo já entra no período mais aguardado do calendário comercial. A última semana de novembro funciona como um verdadeiro ponto de partida para uma maratona de consumo que se estende até janeiro, reforçando a ideia de que as compras natalinas estão cada vez mais descentralizadas.

Nesse sentido, o movimento já não depende exclusivamente da “Semana do Natal”. Ele se inicia logo após o dia 20 de novembro, após o pagamento do “vale” de muitos trabalhadores e ganha tração com a Black Friday, que cairá em 28 de novembro e coincidirá com o pagamento da 1ª parcela do 13° salário, seguindo firme durante todo o mês de dezembro.

Comportamento do consumidor

Essa dinâmica prolongada não ocorre por acaso. O comportamento do consumidor mudou e o varejo acompanhou essa evolução. Hoje, as famílias aproveitam o período para antecipar compras, buscar promoções, comparar preços e planejar o orçamento para as festas de final de ano. Assim, o que antes era uma corrida concentrada em poucos dias se transformou em um fluxo mais constante, que atinge seu pico na semana do Natal, quando predominam as compras de última hora, seguidas pelas tradicionais trocas de presentes em muitas lojas nos dias posteriores.

A força da temporada vai além dos presentes. A preparação de domicílios e estabelecimentos para o período natalino intensifica a venda de itens de decoração, iluminação, utilidades domésticas e artigos sazonais. Paralelamente, cresce a demanda por moda, calçados, perfumaria, cosméticos e brinquedos, categorias que historicamente lideram o faturamento do período. Além disso, as confraternizações entre amigos, empresas e famílias impulsionam o consumo de alimentos, bebidas e serviços, enquanto a proximidade das férias alimenta a busca por pacotes de viagem, passagens, malas e acessórios. Tudo isso cria um ambiente de alta circulação e boas oportunidades para o varejo.

Particularidade

Mas é entre dezembro e janeiro que essa engrenagem comercial revela mais uma particularidade: o ciclo não termina com o Natal. O período pós-festas envolve trocas de produtos que não serviram ou nem sempre agradaram, preparativos para o Réveillon e, na sequência, os já tradicionais saldões de janeiro, que ajudam o comércio a liquidar estoques e iniciar o ano com algum fluxo de caixa. Essa extensão do calendário confirma que a temporada de fim de ano se converteu em quase dois meses contínuos de forte movimentação. Tanto que na Capital, desde 2016, o mês de novembro é o segundo melhor mês do ano, perdendo apenas para dezembro, que em termos de faturamento bruto real em 2024, por exemplo, foi 20% maior que a média mensal dos 11 meses anteriores daquele ano.

Impulso do 13°

O grande impulsionador dessa jornada é o décimo terceiro salário. A renda extra deverá injetar até R$30,8 bilhões na economia paulistana em 2025, permitindo que parte das famílias regularize dívidas, mas também liberando parcela importante do orçamento para o consumo. Esse recurso é fundamental para segmentos como vestuário, eletroeletrônicos, supermercados e lojas de departamento, que dependem da renda disponível para alavancar suas vendas.

Apesar de o cenário macroeconômico ainda ser desafiador, com juros altos, custos pressionados e níveis relevantes de endividamento e inadimplência, o mercado de trabalho permanece aquecido e resiliente, sustentando a renda e garantindo que as famílias mantenham algum espaço para consumir. Essa combinação sugere que o varejo deve registrar taxas de crescimento moderadas, mas positivas, em comparação com anos anteriores.

Boas perspectivas

Assim, com a descentralização das vendas, a força do décimo terceiro e a solidez relativa da renda, o varejo paulistano inicia mais uma temporada de fim de ano com boas perspectivas. Não será um ciclo de resultados espetaculares, mas tudo indica que será sólido.

Para tirar o máximo do período de vendas intensas, o Sindilojas-SP recomenda ao lojista que além de reforçar estoques, esteja atendo às equipes para que os atendimentos sejam cordiais, rápidos e claros. Além disso, ações de marketing em prol de uma melhor comunicação visual e máxima integração entre loja física e canais digitais são vitais. Horários estendidos, facilitação de retirada de compras online e boa organização interna completam a preparação e ajudam a elevar a experiência do cliente.

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