Medicina Ocupacional

NR-1: conteúdos essenciais e boas práticas para o varejo

3 de dezembro de 2025

Treinamentos sobre riscos psicossociais ganham força no varejo com novas diretrizes da NR-1

A atualização das práticas de saúde e segurança no trabalho tem colocado o varejo diante de um novo desafio: fortalecer a capacitação das equipes para lidar não apenas com riscos físicos, mas também com riscos psicossociais.

Conforme estabelece a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), os trabalhadores devem receber treinamento compatível com os riscos presentes em sua atividade — o que inclui situações de estresse, conflitos e pressões típicas do setor.

No ambiente varejista, onde prazos apertados, grande circulação de pessoas e interações constantes com clientes fazem parte da rotina, a qualificação das equipes tornou-se elemento essencial para prevenir incidentes e orientar comportamentos. Especialistas apontam que, mais do que uma obrigação legal, investir em capacitação representa uma estratégia de gestão de riscos e proteção da saúde mental.

Por que treinar?

Os treinamentos previstos pela NR-1 têm como objetivo preparar os colaboradores para reconhecer sinais de esgotamento, identificar situações de assédio ou sobrecarga e saber agir diante de conflitos com clientes — um dos pontos mais sensíveis do varejo. Além disso, as equipes devem estar familiarizadas com as políticas internas da empresa e compreender o fluxo correto para comunicar ocorrências.

O que deve constar no conteúdo?

A diretriz orienta que o programa de capacitação contemple quatro eixos principais:

1. Conceitos fundamentais
Os trabalhadores precisam entender o que são riscos psicossociais e como eles se manifestam no setor — seja por pressão excessiva, jornadas prolongadas ou clientes agressivos. O conteúdo também deve abordar a relação desses fatores com a saúde mental e coletiva.

2. Políticas internas da empresa
O treinamento deve apresentar o código de conduta, os protocolos de abordagem ao cliente e os procedimentos formais para relatar incidentes, sempre reforçando práticas de comunicação não violenta e respeito mútuo.

3. Estratégias de prevenção
Entre as orientações recomendadas estão a organização adequada da jornada, o manejo do estresse, o uso de pausas, técnicas de mediação de conflitos e a distribuição equilibrada de tarefas.

4. Atribuições de gestores e trabalhadores
A capacitação precisa deixar claras as responsabilidades de cada parte: cabe aos gestores monitorar ambientes, oferecer acolhimento e agir rapidamente diante de problemas; já os colaboradores devem comunicar situações de risco e cumprir diretrizes internas.

Como os treinamentos devem ocorrer

A NR-1 prevê treinamento inicial na admissão, reciclagens anuais ou sempre que houver mudanças no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). No varejo, formatos mais curtos — como pílulas de 10 a 15 minutos — têm ganhado espaço entre equipes operacionais, assim como simulações práticas de atendimento a clientes em situação de conflito.

Documentação obrigatória

Para comprovar o cumprimento da norma, as empresas precisam manter registros como listas de presença, conteúdo programático, datas, locais, responsáveis e evidências do material utilizado.

Boas práticas para o setor

Especialistas recomendam adaptar a linguagem dos treinamentos ao cotidiano da loja, utilizar vídeos curtos para facilitar a compreensão e manter um canal permanente para dúvidas. Integrar o conteúdo ao processo de onboarding também ajuda novos colaboradores a compreenderem rapidamente a cultura da empresa e suas responsabilidades na gestão de riscos.

Com o avanço das discussões sobre saúde mental no trabalho e o aumento de ocorrências envolvendo estresse e conflitos no varejo, a tendência é que os treinamentos psicossociais deixem de ser vistos como exigências formais e passem a ocupar papel central na estratégia de gestão das empresas do setor.

O lojista que adota estas boas práticas de treinamento e política antes da conclusão do PGR, já está à frente.

Contudo, a realização destas ações não significa que elas são as únicas e finais. Após a elaboração e avaliação completa dos riscos no PGR, o Plano de Ação pode e deve recomendar outras ações e treinamentos específicos ou ajustes que sejam necessários para mitigar os riscos efetivamente identificados no ambiente de trabalho.

Esta ênfase garante que o empresário entenda a sequência lógica da NR-1, onde o Inventário de Riscos (dentro do PGR) é que direciona e valida todas as ações e medidas de controle.

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