
Brasil amarga uma das últimas posições no quesito “Pagamento de Impostos”
Relatório mostra que País se desenvolveu em alguns quesitos, mas ainda possui um dos piores sistemas tributários analisados
A nova edição do relatório Doing Business, publicação do Banco Mundial que monitora a facilidade (ou não) de se de fazer negócios em 190 países trouxe boas e más notícias para o Brasil. “Regras justas, eficientes e transparentes, tal como o Doing Business promove, são o alicerce de uma economia e um ambiente de empreendedorismo vibrantes. É fundamental que os governos acelerem esforços para criar condições que levem a iniciativa privada a florescer e as comunidades a prosperarem”, disse o Presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, no lançamento do estudo.
Estudo confirma urgência da Reforma Tributária
No quesito “Paying Taxes” (pagamento de impostos), o Brasil ocupa a assustadora 184ª posição entre os 190 países analisados no relatório. “Essa desastrosa posição demonstra o quanto a Reforma Tributária, uma das nossas bandeiras, é tão necessária. Nosso atual regime tributário dificulta o crescimento das empresas e a formalidade dos milhares de negócios que já existem de maneira irregular”, analisa Ruy Pedro de Moraes Nazarian, presidente do Sindilojas-SP.
O Doing Business traz a informação de que as empresas brasileiras gastam, em média, 1958 horas anuais em atividades ligadas a preparação, arquivamento e pagamento de três categorias de impostos: de renda, trabalhista e sobre consumo e vendas. Para se ter uma ideia, no Japão o tempo dedicado para essas atividades é de 129,5 horas por ano.
Pontos Positivos
Na avaliação geral do relatório, o Brasil subiu do 125º para o 109º lugar entre os 190 países analisados. O salto se deve, principalmente, a dois quesitos: o Starting Business (Iniciando um Negócio) e Trading Across Borders (Negócios Transfronteiriços). No primeiro, fomos da 175ª para a 140ª posição e essa conquista pode ser creditada à melhoria de tempo para se abrir uma empresa. No segundo, deixamos a 139ª posição e alcançamos a 106ª graças à adoção do Certificado de Origem Digital adotado no comércio exterior.
“Ainda temos muito o que evoluir em termos de facilidades para se fazer negócios no Brasil. Mas, sem dúvida, o primeiro passo a ser dado é o da Reforma Tributária”, finaliza Nazarian.
Acesse o relatório (em inglês) na íntegra.
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