
Confiança do comércio paulistano cai 8% em 1 ano
Índice de confiança do empresário cai para abaixo de 100 pontos em agosto e sinaliza pessimismo no setor, aponta dados da FecomercioSP e analisados pelo Sindilojas-SP.
A confiança do empresário do comércio da capital paulista apresentou uma retração expressiva no último ano. Dados da FecomercioSP, analisados pelo Sindilojas-SP, mostram que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) caiu 8% entre agosto de 2024 e agosto de 2025, passando de 108,5 para 99,8 pontos. O resultado coloca o indicador abaixo da linha de 100 pontos, que separa as percepções de otimismo e pessimismo, e representa o menor nível para o mês de agosto desde 2020.
O levantamento, feito com 541 empresários do comércio paulistano, também revela diferenças de percepção conforme o porte das empresas. Enquanto negócios com 50 funcionários ou mais registraram 107,3 pontos, permanecendo em território otimista, os estabelecimentos de menor porte ficaram em 99,6 pontos, já em campo pessimista.
Fonte: FecomercioSP / Elaboração gráfica: Sindilojas SP
Outro destaque é a divergência entre a avaliação do presente e as expectativas para o futuro. O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) atingiu 123,2 pontos em agosto, evidenciando algum otimismo em relação aos próximos meses. No entanto, o Índice de Condições Atuais (ICAEC) caiu para 73,9 pontos, uma retração de 11,4% na comparação anual, reforçando a percepção de dificuldades no cenário imediato.
Análise do Sindilojas-SP
Para o Sindilojas-SP, os números refletem a realidade desafiadora enfrentada pelo comércio paulistano em 2025.
“A queda de 8% no índice em um ano é significativa e demonstra que, embora exista alguma expectativa de melhora, o empresário tem sentido os efeitos de um ambiente econômico restritivo. Os juros elevados, o endividamento e a inadimplência das famílias, somados à inflação persistente, reduzem o poder de compra e desaceleram o consumo, impactando diretamente as vendas”, avalia Aldo Nuñez Macri, presidente do Sindilojas-SP.
Macri destaca que pequenos negócios sofrem de forma mais intensa. “Empresas menores têm maior dificuldade para competir, precificar, investir em tecnologia e absorver custos, ficando mais expostas a oscilações do mercado”, completa.
Segundo a entidade, a combinação de inflação, crédito caro e renda das famílias ainda pressionada tende a manter o comércio em ritmo lento nos próximos meses, exigindo planejamento e gestão cuidadosa para atravessar o período de incertezas.
Departamento de Economia e Tributação
Dentro de sua estrutura operacional, o Sindilojas-SP possui o Departamento de Economia e Tributação, objetivando levar ao empresário do comércio varejista um rol de informações relacionadas à conjuntura macroeconômica, imprimindo sobre estas as particularidades do setor do varejo.
O Sindilojas-SP leva em consideração o fato de que temáticas como obrigações fiscais, carga tributária e questões relativas à recente regulamentação da Reforma estarão permanentemente presentes no dia a dia dos empresários do comércio.
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