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FecomercioSP: “Incentivo ao crédito precisa ser melhor explicado”

11 de fevereiro de 2016

 

Fonte: www.fecomercio.com.br

O governo divulgou recentemente um pacote de incentivo ao crédito via bancos públicos, visando estimular a atividade econômica. Para a FecomercioSP, o governo deveria explicar melhor a medida, com definições e detalhamentos suficientes para informar os demandantes desse crédito, como empresas e consumidores, para que eles compreendam se a tomada de crédito é atrativa e viável para cada caso. A Federação ressalta que num mercado no qual os juros são exorbitantes e o crédito é caro, é preciso levar em conta os números de endividamento e inadimplência do País. A assessoria técnica da Entidade alerta que empresas e consumidores estão pessimistas e incertos em relação ao cenário econômico – em razão das adversidades e da falta de perspectivas – e, portanto, com pouca disposição para a tomada de recursos. Para a Federação, a medida parece não ter sido motivo de consenso entre especialistas e suscitou dúvidas, sendo até criticada pela sua aparente superficialidade e inocuidade.

Cenário econômico desfavorável — A previsão de que 2015 teria cenário político e econômico mais complexo se concretizou por meio de indicadores e projeções apontando inflação crescente e desequilíbrio fiscal, além de retrações na atividade produtiva, nos investimentos, no emprego, na renda e no consumo das famílias. Por outro lado, a indústria expunha sua alta vulnerabilidade, afetada diretamente pelas crises hídrica e energética, o que refletiu em importantes setores da economia, como o comércio e os serviços. Esse cenário indica um 2016 tão ou mais adverso. Portanto, não surpreendem os números preliminares produzidos pela Confederação Nacional do Comércio, que apontam o fechamento de 80 mil estabelecimentos varejistas no País, abrangendo tanto micro e pequenas empresas como lojas de grandes redes.

Para a FecomercioSP, são dados expressivos e preocupantes, que dão a dimensão do impacto da recessão sobre o varejo. A Entidade destaca também o fato de, entre outubro de 2014 e outubro de 2015, o fechamento das grandes redes (9,5%) ter superado o das empresas de pequeno porte (8,3%). Isso pode indicar que a crise econômica afeta a todos, impondo-lhes aumento de custos e perda de eficiência. Contudo, grandes empresas dispõem de estrutura, recursos e instrumentos de gestão, além de poder de negociação com setores e fornecedores. São fatores que podem ajudar a reduzir custos e melhorar margens para enfrentar a concorrência e se adaptar às necessidades e preferências do consumidor. Já o pequeno comércio, geralmente carente de capital e com reduzido acesso a bancos, deve se aproveitar de sua estrutura enxuta, mais flexível e, portanto, mais ágil na tomada de decisões, o que facilita a administração de custos e receitas. Dá para se valer ainda do atendimento personalizado ao consumidor, forma eficaz de compensar deficiências e carências e fidelizar clientes.

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