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Folha de São Paulo: “Policial e estudante são indiciados por caso do tapete persa”

11 de março de 2016

Fonte: Folha de São Paulo

O investigador policial José Camilo Leonel foi indiciado pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo após a agressão ao dono de uma loja de tapetes nos Jardins (zona oeste) em janeiro último.

O policial foi até a loja de Navid Saysan a pedido da estudante Iolanda Delce dos Santos, que havia se arrependido da compra de um tapete persa de R$ 5 mil e queria seu dinheiro de volta. Ela também foi indiciada – e poderá responder ao processo criminal na Justiça.

José Camilo Leonel foi enquadrado sob suspeita de cometer quatro crimes: injúria, constrangimento ilegal, falsidade ideológica e corrupção passiva. Iolanda foi indiciada sob a acusação de constrangimento ilegal, falsidade ideológica e exercício arbitrário das próprias razões – “fazer justiça com as próprias mãos”. O que prevê a maior pena é falsidade ideológica – até cinco anos de reclusão.

O caso ganhou repercussão depois que o programa “Fantástico”, da TV Globo, exibiu imagens da câmera de segurança da loja de tapetes. Camilo aparece agredindo o comerciante com socos e chutes, além de apontar sua arma para o rosto de Saysan.

16070241Imagem: Reprodução

A Corregedoria concluiu ser evidente o vínculo entre a estudante Iolanda e o policial, já que s dois se encontraram momentos antes da agressão ao comerciante iraniano, que vive no Brasil desde a década de 1980.

Logo após o episódio na loja de Navid Saysan, em boletim de ocorrência, os dois negaram tanto que se conheciam como que tinham combinado a ação previamente. Iolanda havia dito que saiu da loja para ligar para a PM e que viu um carro da Polícia Civil passar em frente ao local. O policial, então, teria oferecido ajuda por pensar que se tratava de um assalto.

Quando vieram à tona as imagens da câmera de segurança do restaurante em que os dois aparecem conversando, o investigador e a estudante mudaram a versão. Por isso, foram enquadrados sob suspeita de falsidade ideológica em documento público.

Ela disse que, após ter o pedido de devolução do dinheiro negado, procurou um advogado, que conversou com um funcionário da loja por telefone e ouviu que Iolanda “deveria procurar seus direitos”.

Por essa versão, o advogado da estudante entrou em contato com Camilo para pedir orientação e passou o contato do investigador à sua cliente para que conversassem melhor sobre o caso. Hugo Leonardo, advogado do investigador, disse que só vai se manifestar no processo. O defensor de Iolanda, Rodrigo Felberg, não quis se pronunciar.

Matéria por Guilherme Brendler, da Folha de São Paulo.

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