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Inadimplência das empresas pode chegar a 5% de elevação este ano

29 de março de 2016

 

Fonte: Revista Sindilojas-SP

Segundo estudo mensal da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), a inadimplência há de aumentar de forma significativa até o fim deste ano, tanto para empresas como para consumidores.

De acordo com o estudo, a taxa de inadimplência empresarial pode apresentar uma elevação de 5% este ano – registrando, portanto, um resultado acima do computado em 2015: 4,5%.

Já para pessoas físicas, o ajuste estrutural do mercado de trabalho pode ter um impacto maior: a inadimplência deve se elevar aos 6,8% até dezembro deste ano. Em 2015, o mesmo tópico foi consolidado em 6,1%.

Com base nos potenciais resultados, a Boa Vista SCPC sugere que a tendência de maior seletividade dos concedentes de crédito continue, ao mesmo tempo em que a demanda dos consumidores por crédito retroceda, embora também exista a possibilidade de uma elevação de crédito por parte das empresas.

Sob tais probabilidades, o crédito pode muito vir a sofrer uma nova desaceleração, podendo crescer, no máximo, 3,5% em termos nominais. Para os recursos livres – que já vêm crescendo menos do que os recursos direcionados, o encolhimento pode partir dos 3,7% aos 1,8%. Também se espera uma forte redução para os recursos direcionados, ainda a ser calculada.

Recessão mesmo?

Foi levando em conta que as expectativas do mercado para este ano começaram piores do que as do ano passado que a Boa Vista SCPC chegou às estimativas acima. Com base nisso, tudo indica que este ano de 2016 conste como mais um período de forte recessão econômica no país, com juros e inflação lá em cima e empregabilidade debilitada.

Fatores como esses estrangulam o orçamento dos consumidores e desestrutura a renda das famílias, que acabam recorrendo a fontes de crédito como alternativa para pagarem suas contas. Mesmo que a demanda por crédito tenha diminuído, esses novos empréstimos costumam ser concedidos a pessoas com maior risco de crédito, já que são aquelas que tendem a procurar por financiamentos emergenciais em circunstâncias mais delicadas.

Em virtude da piora do panorama macroeconômico, o endividamento pode se tornar um problema, uma vez que a renda recua e os juros se elevam, avolumando o comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas e elevando o risco de inadimplência.

Quitação complicada

A demanda por crédito, por sua vez, tem se comportado de forma diferente para empresas e para consumidores. Devido à forte retração econômica atual, as empresas têm recorrido aos empréstimos com o objetivo de compensar suas prováveis quedas no fluxo de caixa.

Com o encarecimento do crédito e à maior seletividade dos credores, as empresas têm mais dificuldades para sanar suas pendências. Ou seja: mesmo que a demanda seja maior, a oferta de crédito para empresas vem diminuindo devido ao risco mais elevado.

Em virtude da piora do panorama macroeconômico, o endividamento pode se tornar um problema, uma vez que a renda recua e os juros se elevam, avolumando o comprometimento da renda das famílias com o pagamento de dívidas e elevando o risco de inadimplência.

Pelo fato de 2016 constar como mais um ano de evidente oscilação econômica, é fato que o mercado de crédito, durante os próximos meses, seja drasticamente afetado com as variáveis – nem um pouco satisfatórias – macroeconômicas.

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