Incentivo a “Retrofits” é mais uma aposta para requalificar o Centro

A alternativa de lançar mão da técnica de engenharia que moderniza entranhas de prédios antigos para que fiquem como novos é mais uma medida importante para a requalificar o Centro de SP, já considerada como um motor das ações nesse sentido, pela melhora na condição de “cartão postal” que a região central possui, com a expectativa de atrair cerca de 220 mil novos moradores para a localidade, segundo estimativa da gestão municipal.

O Sindilojas-SP, como integrante do Programa “JuntosPeloCentro”, apoia essas iniciativas.

Empreendedores responsáveis pelas reformas, como a que vem sendo realizada no edifício Virgínia, localizado na rua Martins Fontes, acreditam que há uma convergência de fatores para que a revitalização do Centro finalmente ocorra: o aumento do público interessado em morar na região e recorrência da necessidade em resolver imbróglios judiciais de imóveis, o que trouxe aprendizados importantes nesse sentido.

Ainda conforme a visão de quem toca essas intervenções, há um ineditismo em uma conjunção de forças, com o investimento da iniciativa privada, o interesse concreto do poder público em fazer o Centro acontecer, além do movimento orgânico dos criativos, da arte e da gastronomia.

Segundo informações, o processo capitaneado pela Planta, incorporadora especializada em Retrofits para locações que duram, e a primeira a liderar projetos em série no Centro, há cerca de oito concluídos ou em andamento, voltados a transformar prédios comerciais ociosos em residenciais.

Para os projetistas, a requalificação de edifícios acontecerá independentemente dos estímulos do poder público, mas a redução nos custos e a possibilidade de diminuição do tempo de aprovação dos projetos aceleram esse movimento, e o incentivo vem no sentido de equiparar o retorno de um retrofit ao de um edifício construído do zero.

Novos projetos

Próximo ao Copan e ao Itália, o edifício Renata Sampaio Ferreira é o mais recente da Planta a ficar pronto —os primeiros moradores devem mudar para lá em outubro. Tombado, contou com um desafio a mais: a demora de quase um ano para a liberação do Conpresp, o órgão municipal de preservação do patrimônio.

Nos arredores da praça da República, outro prédio histórico teve sua transformação aprovada recentemente. O edifício 7 de Abril, que foi a sede da Telesp, a companhia de telefonia de São Paulo, será transformado em residencial.

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