
Indicadores põem varejo em alerta para o último trimestre
Números recentes apontam um cenário mais adverso ao consumo das famílias, especialmente no período sazonal de aquecimento do consumo, especialmente no último trimestre.
A informação trazida pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE) que este setor no estado de São Paulo terminou o primeiro semestre com três retrações de vendas mensais seguidas e em junho com queda de 0,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, não foi o único sinal de preocupação do próprio varejo neste início de segunda metade do ano.
Números recentes da FecomercioSP apontam um cenário mais adverso ao consumo das famílias na transição para estes seis meses finais do ano, o que contribui para o aumento da preocupação com o ritmo de vendas do setor especialmente no período de sazonal aquecimento do consumo, especialmente no último trimestre.
Chamou atenção do Sindilojas SP a queda de 11,1% do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano, observando o indicador de junho de 2025, quando ele atingiu 112,9 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, onde a sua metade divide o pessimismo do otimismo.
Evolução do Índice de Confiança do Consumidor paulistano
Fonte: FecomercioSP / Elaboração: Sindilojas-SP
Como a confiança é um indicador antecedente do consumo, notamos também que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da capital também apresenta queda nos últimos 12 meses, de mais de 2%. Também com a informação do último mês de junho.
Evolução do Índice de Intenção de Consumo do paulistano
Fonte: FecomercioSP / Elaboração: Sindilojas-SP
Um dos motivos que pode explicar a redução da confiança e do próprio estímulo ao consumo de nossas famílias está no nível de comprometimento da renda desses consumidores com seus compromissos já assumidos. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) paulistano mostra que continuamos com mais de 71% das famílias endividadas, 21,6% com contras em atraso e 9% sem nem condições de honrar inclusive estes compromissos. Sendo que estes três indicadores muito relevantes e condicionantes do consumo familiar apresentaram elevação também no recorte de doze meses entre os últimos meses de junho.
Evolução do endividamento e da inadimplência do paulistano
Fonte: FecomercioSP / Elaboração: Sindilojas-SP
Análise
A despeito de sabermos que a situação do consumo das famílias se mantém sustentada por um mercado de trabalho resiliente, esta renda resultante do emprego tem sido comprometida ainda por uma inflação resistente, está menos multiplicada por linhas de crédito que estão com juros mais elevados e também há menos sobras, exatamente devido ao cenário de elevado endividamento e inadimplência.
Isso passa do consumidor para o varejo, que dentre os segmentos econômicos possui o maior contato com o cliente final. Tanto que segundo o IBGE terminamos o primeiro semestre com desaceleração de vendas no estado de São Paulo. E prova de que isso chega às empresas é que, segundo novamente a FecomercioSP, o Índice de Confiança das Empresas do Comércio (ICEC) da capital atingiu em junho 101,0 pontos (na mesma métrica de 0 a 200 pontos), uma leve recuperação desde março (98,1 pontos), mas abaixo de junho de 2024 (106,9 pontos) e também do que foi apontado ao fim de 2024 (110,9 pontos). Inclusive é a menor pontuação para o mês desde 2021.
Portanto, com indicadores mais fracos do consumo das famílias, sinal ainda mais amarelo de cautela para o varejo neste segundo semestre, especialmente aos empresários do setor.
Departamento de Economia e Tributação
Dentro de sua estrutura operacional, o Sindilojas-SP possui o Departamento de Economia e Tributação, objetivando levar ao empresário do comércio varejista um rol de informações relacionadas à conjuntura macroeconômica, imprimindo sobre estas as particularidades do setor do varejo.
O Sindilojas-SP leva em consideração o fato de que temáticas como obrigações fiscais, carga tributária e questões relativas à recente regulamentação da Reforma estarão permanentemente presentes no dia a dia dos empresários do comércio.
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