Segurança pública: Sindilojas-SP se reúne com vice-governador

O Sindilojas-SP, em mais uma iniciativa no rol das ações de representatividade encampadas pelo seu Comitê de Assuntos Metropolitanos, reuniu-se na última quarta-feira, 25 de outubro, com o vice-governador de SP, Felício Ramuth, para tratar da pauta de segurança pública, discutindo ideias e efetuando um balanço das ações já empreendidas pela gestão estadual, especialmente as concentradas no Centro da capital paulista, que representa um dos mais importantes corredores comerciais da cidade.

Em parceria com a FecomercioSP, também presente no encontro, o Sindilojas-SP, através do presidente Aldo Macri, abriu a reunião externando a complexidade do tema da segurança e reforçando a necessidade da continuidade da efetivação de medidas concretas para reduzir a sensação de insegurança que ainda impera em certos corredores comerciais, com ênfase no que ainda é registrado na região do Centro, apesar da melhora recente nos índices de ocorrências na localidade.

Nesse sentido, Aldo reforçou a disposição do Comitê de Assuntos Metropolitanos da entidade, de prestar amplo apoio às ações do poder público que efetivamente melhorem o ambiente de negócios para as empresas do comércio varejista, resgatando, por consequência, o fluxo turístico na região: “Desejamos ser um elo de apoio para essas ações, fazendo uma mediação positiva desse pleito da segurança pública junto ao governo estadual, pois é fundamental, dentre outras coisas, tirar esse paradigma, essa sensação de medo e insegurança que hoje se registra, particularmente no Centro de SP”, disse.

 Ações

O Sindilojas-SP ouviu do vice-governador, de maneira detalhada, as ações que tem sido levadas a efeito pela gestão estadual, no que diz respeito à pauta de segurança pública. Em tópicos, foi enumerado o conjunto de iniciativas já efetivadas, as que estão em fase de implantação e as que se encontram no radar, como futuros projetos, conforme o demonstrativo, na sequência:

 Fusão entre a estrutura do governo estadual e municipal

Segundo o vice-governador, havia um problema de interlocução entre as diversas áreas abarcadas pelas duas gestões, em que havia deficiência de comunicação entre saúde, social, segurança, etc. Assim, foi incutido entre todos os envolvidos no processo da necessidade de ajustes, em prol da unificação de esforços para a resolução de complexos problemas, o que foi feito com êxito, incluindo a atração da sociedade civil, de entidades e de instituições religiosas. Esses entes, segundo ele, faziam um bom trabalho no Centro, mas de forma isolada, e a integração de todas essas forças, conforme mencionado, tem possibilitado ações mais concretas nesse sentido.

Hub de serviços

A mais significativa delas, conforme Felício, “foi a iniciativa do “Hub” de cuidados com o crack e outras drogas, que foi feito na Rua Prates, sendo um equipamento inovador, seja pela estrutura oferecida, seja pela forma de abordagem – um andar térreo, localizado em uma rua protegida, ambientado como se fossem estações de metrô, e cada sala possui essa abordagem diferente no tratamento ao dependente químico. O resultado, em cerca de 6 meses, foram mais de 5 mil internações, em comunidades terapêuticas e em hospitais especializados, contabilizando mais de 10 mil atendimentos, com o maior percentual concentrado aos moradores de rua. O Hub é uma porta de entrada para aqueles que querem, e são abordados por nossas equipes para o tratamento, e são destinadas aos equipamentos públicos do município ou do estado. Então, cuidados, para aqueles que querem tratamento, são garantidos hoje.” afirmou.

Segurança pública

“Houve a ampliação da Atividade Delegada, representada por aqueles policiais que trajam colete amarelo, e que são pagos pela prefeitura. Nós ampliamos em 150 homens e mulheres esse efetivo no Centro de SP, abrimos uma nova companhia que fica localizada na rua 24 de maio, e está sendo concluída a reforma do prédio da Caixa, em que será alocada a Força Tática da PM. Ou seja, estamos trazendo equipamento de segurança para o Centro, e, por incrível que pareça, deslocando os equipamentos de apoio social, que atraíam pessoas para o Centro. Assim, está ocorrendo o processo de descentralização desses equipamentos, para ampliação do acesso de determinados atendimentos. E é importante salientar que já é a 29° semana com queda nos números de furto e roubo na região central de São Paulo.. Isso é fato, é real.. ainda está muito longe daquilo que nós almejamos, mas, é significativo”, disse.

Qualificação e identificação

“Conceitualmente falando, o grande problema da Cracolândia, é que, qualquer pessoa, de qualquer lugar do Brasil, que queira se esconder, vai escolher a Cracolândia… essa pessoa consegue se esconder no Centro de uma das maiores capitais do mundo… o desafio também é combater o influxo, ou seja, você tira e vem mais gente, tira e vem mais gente…  e é isso que nós estamos mudando, pois já temos 1200 indivíduos identificados, em situações e casos distintos, por isso é algo que ainda não foi divulgado… e um dos focos é atuar contra aqueles casos que estão na situação de descumprimento de decisão judicial… é uma situação complexa pois esbarra em muitos trâmites burocráticos e demorados… então, estamos construindo alternativas para isso, para eliminar etapas…

Implantação de câmeras

“O primeiro lugar de implantação dessas câmeras de identificação facial é o Centro e posso afirmar que os resultados são fantásticos. Inicialmente, essas câmeras tem o benefício de efetuar o registro do “fato bom”, e não só das ocorrências negativas, ou seja, essas imagens vão mostrar a efetividade das ações de segurança, da identificação e prisão de criminosos… é algo que vai começar a aparecer, o que é muito positivo… Então, nessa questão do reconhecimento facial, foi feito um convênio com o Grupo Allianz, que tem um histórico eficiente na identificação de procurados… Eu não tenho dúvida nenhuma que essa iniciativa das câmeras será uma verdadeira transformação para a questão da segurança pública no Centro de São Paulo. E um detalhe muito importante: essas câmeras foram contratadas como serviço, e não como produtos… ou seja, a empresa que fornece esse serviço só recebe se a imagem da câmera chegar na central de segurança… então, se alguém quebra uma câmera, não é a prefeitura que tem que pagar, bem como todo aparato técnico que compõe o equipamento… ou seja, é tudo responsabilidade da empresa privada, que tem total interesse em receber, em zelar pela efetividade do serviço prestado… se uma câmera é vandalizada, a empresa responsável tem duas horas para providenciar a reposição, do contrário, além dela não receber, ainda recebe uma multa… Ao todo serão 20 mil câmeras, sendo 500 no Centro”, afirmou.

Ao término do encontro, o vice-governador agradeceu o trabalho do Comitê de Assuntos Metropolitanos do Sindilojas-SP e da FecomercioSP, na atuação permanente em prol das demandas que interferem na cidade, ressaltando a importância da união dos esforços para a garantia da efetividade das ações de melhoria e segurança.

Juntos, podemos melhorar o ambiente de negócios das nossas empresas!

O Sindilojas-SP  convida o empresário do comércio varejista, a quem representa na capital de São Paulo, a encaminhar sugestões através dos canais de comunicação.

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