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Transações bancárias online: adepto ou não?

15 de setembro de 2015

Fonte: Revista Sindilojas-SP

Se, como dizem, “tempo é dinheiro”, logo, o índice de lucro ou de prejuízo de um empreendimento pode ser facilmente relacionado ao tempo que é despendido para a administração das finanças da empresa. Quanto a isso, tudo o que puder ser providenciado para o quanto antes, melhor – e mais seguro – para os negócios. Foram-se os tempos em que um empresário dispunha de um período certo do seu dia para se deslocar até uma agência bancária e, lá, cuidar das suas contas devidamente. Hoje em dia, são cada vez mais raras as pessoas que se aventuram para uma visita ao banco, uma vez que até mesmo este tem se informatizado constantemente para prestar serviços cada vez mais eletrônicos/virtuais e menos presenciais.

Uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em agosto último mostra que, no ano passado, mais da metade das transações no país foi realizada por meio da internet ou de dispositivos móveis. Segundo o material, 47% das contas ativas no Brasil efetuaram transações pela internet, e 24% por smartphones. As movimentações pelo chamado mobile banking cresceram 180% em relação ao ano anterior (2013), atingindo a totalidade de 260 milhões de operações do gênero. Por sua vez, o internet banking apresentou uma elevação bem mais sutil, porém, igualmente significativa nesse contexto tendencial: 8%. Ao todo, a pesquisa mostra que esses serviços, juntos, somam mais de 1,5 bilhão de transações no período avaliado.

“Demorou para que as pessoas assimilassem as vantagens das operações eletrônicas, principalmente, em relação ao tempo otimizado que elas nos proporcionam. Ainda há, claro, quem opte pelo tradicionalismo do serviço na boca do caixa bancário, mesmo porque dependendo da transação a ser feita e da quantia a ser tratada, o meio mais seguro continua sendo esse. Contudo, há mais de uma década que os meios eletrônicos têm sido os mais recorrentes entre as pessoas. É uma tendência natural do comportamento da sociedade”, opina a consultora contábil do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP), Vaneide Tito.

Jurandir Andrade, gerente de vendas da Perfumaria Dalila, estabelecimento localizado na avenida Mateo Bei, na zona leste da capital, é um dos entusiastas do avanço tecnológico voltado para as transações financeiras:

“Como a loja é pequena e contamos apenas com duas pessoas para tomar conta dela no dia a dia, não dá para sair no meio do expediente e ir até os bancos em que temos contas. Fazemos tudo pela internet. Nunca tivemos problemas. Neste ano, acho que só fomos uma vez a uma das agências para pedir um empréstimo que só poderia ser feito diretamente com a gerente. Fora isso, mais nada. Praticamente, todas as pendências da loja são administradas pelos meios eletrônicos mesmo. Para nós, é praticidade”, diz o gerente.

Curso natural – Resgatemos um pouco de história aqui. Há algumas décadas, a pessoa que não estava disposta a fazer uma transação pessoal em uma agência bancária tinha de contar não apenas com um grau sobre-humano de paciência, mas também com uma disponibilidade de tempo que hoje quase não existe para a maioria das pessoas (mesmo porque as contas não esperam). Houve um tempo em que uma transferência bancária à distância levava cerca de uma semana para ser efetivada – uma semana era o tempo exato que um telegrama levava para chegar de uma agência à outra. Então, em meados dos anos 90, ocorre aquilo que todos conhecemos como o boom da internet e, dentre seus inúmeros recursos, as primeiras agências bancárias online.

Segundo o estudo da Febraban, já em 2001, mais de 13 milhões de clientes haviam aderido ao internet banking e realizado, pelo menos, 820 milhões de transações. Não tinha como ser diferente: a praticidade e agilidade oferecidas, mesmo assustadoras a princípio, estavam funcionando e ajudando muito os correntistas adeptos. Era possível efetuar um pagamento sem perder tempo na rua, no trânsito ou mesmo em filas.

O professor de Ciências Econômicas da Universidade Cruzeiro do Sul, Jeomar Feitosa, explica que a percepção sobre, principalmente, a otimização de tempo nas operações foi imediata na população, porém, ainda hoje existem pessoas muito resistentes ao uso dos recursos eletrônicos bancários.

“Trata-se de uma minoria, mas ainda há quem julgue as operações bancárias por internet ou dispositivos eletrônicos como celulares um tanto arriscadas e, portanto, prefere se deslocar às agências físicas. Em muitos casos, trata-se de um comportamento consequente a algum trauma como conta invadida e desfalcada por hackers ou cibercriminosos. Contudo, mesmo os mais resistentes tendem a recorrer a operações menores e menos arriscadas pelos meios eletrônicos, como consultas de saldo ou recargas de crédito telefônico, por exemplo”, explica o professor.

No comércio – A tendência das operações financeiras eletrônicas é, na verdade, de âmbito social. Portanto, seja em sua condição de pessoa jurídica ou física, o comerciante de hoje está cada vez mais habituado a dispor de tais recursos como um meio de administrar suas finanças – ou parte delas, que seja. Tempo, para quem empreende nesse ramo, é um fator imprescindível e até mesmo determinante para o desenvolvimento dos negócios.

“Um comerciante lida com muitos compromissos diários, sejam estes voltados às negociações com fornecedores, à gestão de empregados, ao compromisso constante com suas vendas e, claro, aos cuidados necessários com suas finanças. Todo e qualquer meio de otimizar tempo é fundamental para ele e a tecnologia está aí justamente para isso”, sugere Vaneide Tito, do Sindilojas-SP.

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