Gestão Empresarial Lojista

Alta da Selic em 2021: saiba quais são as consequências para os empreendedores

21 de junho de 2021

O aumento da inflação fez o Banco Central elevar a Selic pela terceira vez consecutiva em 2021. Com uma alta de 0,75 ponto porcentual, a taxa básica de juros foi de 3,50% para 4,25% ao ano. Além disso, o BC sinalizou que pretende fazer um novo aumento de 0,75% no próximo encontro do Copom, marcado para 3 e 4 de agosto.

Mas quais são as consequências para os empreendedores? Basicamente, a Selic é o parâmetro de juros que os bancos comerciais usam ao oferecer crédito para empreendedores. Quando a Selic aumenta, todas as modalidades de crédito ficam mais caras, incluindo cheque especial e crédito rotativo do cartão.

Assim, para os empresários, é mais caro pegar empréstimo para o que for necessário no momento — contratar funcionários, comprar equipamentos, usar como capital de giro etc. “Com o crédito mais barato, o empreendedor consegue investir mais dinheiro em seu negócio. Vimos isso acontecer na pandemia, com programas como o Pronampe e o Desenvolve SP. Todos os empresários queriam participar ou porque estavam endividados e realmente precisavam ou porque queriam ter um dinheiro barato para uma possível expansão”, diz Márcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers.

Com a Selic aumentando novamente, o empreendedor precisa ter mais cautela antes de pedir um empréstimo. Isso afeta tanto as pequenas empresas quanto as grandes, mas os negócios menores podem ter mais dificuldade para conseguir crédito por não terem tantas garantias. “Por outro lado, um negócio menor consegue se transformar mais rapidamente em um momento de crise. É mais flexível e veloz”, diz Iavelberg.

O consultor oferece alguns conselhos para os empreendedores. Para quem trabalha com produtos, este é o momento de analisar o estoque e o fluxo de caixa. Os custos dos insumos estão aumentando, e vai ficar mais caro repor o estoque. Portanto, o empreendedor já deve ver se é possível repassar o aumento para os clientes. Caso não passe, a empresa estará assumindo um prejuízo.

Além disso, dependendo do insumos usados, o dono do negócio deve analisar o dinheiro em caixa e avaliar se tem condições de aumentar o estoque agora para não ter que pagar mais caro no futuro.

Na visão de Guilherme Dietze, assessor econômico da FecomercioSP, o ideal é que o empreendedor não pegue crédito em um futuro próximo. Uma possibilidade, sugere Dietze, é oferecer facilidades, como descontos especiais, para o consumidor pagar à vista e a empresa receber o dinheiro o mais rápido possível e evitar pedir empréstimos.

Mas, se ele precisa muito de crédito, deve negociar com o banco. “Ele deve escolher a modalidade do pré-fixado, ou seja, a taxa que o banco aplica hoje. Sabemos que a Selic vai subir, então a taxa de mercado vai continuar aumentando”, diz Dietze.

Fonte: PEGN – Globo

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