O que a pandemia deixa de lição na gestão da minha empresa?

Por Luiz Geraldo Alves da Cunha

Sem sombra de dúvida a pandemia veio repentinamente e de forma avassaladora, restringindo, e em alguns casos proibindo a abertura dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços.

Situação que podemos comparar a um estado de guerra, visto tais restrições, inclusive a limitação na circulação das pessoas.

Com as restrições no funcionamento dos estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços, houve em muitas atividades uma redução significativa de faturamento, principalmente nas atividades que trabalham essencialmente com pessoas, como por exemplo, o seguimento de turismo, eventos, entre outros.

Porém nos custos e nas despesas, quando possível uma redução, não ocorreu na mesma proporção da redução do faturamento, gerando, em muitos casos, uma falta significativa de caixa para a manutenção e continuidade das empresas.

O Governo não permitiu que as empresas mudassem de regime tributário para se adequarem melhor à situação do momento, visto que fizeram a opção pelo regime tributário em janeiro/2020, de forma irretratável para o ano vigente, e com base em um cenário econômico que se alterou significativamente a partir de abril/2020.

E nós empresários havíamos feito a lição de casa? A boa prática empresarial e financeira pede que façamos constantemente um estudo econômico e financeira da nossa empresa, bem como a boa prática financeira pede que tenhamos uma reserva financeira de oportunidade, que é para socorrer as nossas empresas em momentos de desafios.

E quando observamos, as vezes a, não obediência ao princípio da entidade que é a separação das contas pessoais dos sócios das contas da empresa, nos faz pensar se, realmente, estamos fazendo a lição de casa como empresários.

Se de tudo que ocorre, devemos tirar lições, uma delas talvez seja a necessidade de profissionalizarmos cada vez mais a gestão da nossa empresa, sendo que, para termos uma condição de excelência, temos que gerir, no mínimo, 05 Pilares:

• Código de Cultura e Estratégias;
• Equipe/Time;
• Processos;
• Comercial/Vendas e
• Administrativo e Financeiro.

E tudo isso para uma micro ou pequena empresa, sim, até porque nenhuma empresa começou grande. A grande de hoje foi a pequena que fez a coisa certa.

Vamos seguir em frente com a mesma determinação de sempre para lidar com os desafios que, com certeza, irão aparecer.

Luiz Geraldo Alves da Cunha – Bacharel em Ciências Contábeis e Pós-Graduado em Direito Tributário, com 39 anos de experiência na Área Contábil, sendo 23 anos como Gestor e Prestador de Serviços de Consultoria, Treinamento e Planejamento Tributário.