COVID-19

Preocupações do brasileiro não podem ser só com o vírus

21 de julho de 2020

Passados os primeiros meses de quarentena, notamos que agora, com a reabertura do comércio nas últimas semanas, independentemente das medidas de restrição, o impacto econômico já é percebido: mesmo com as lojas abertas, o consumidor está relutante em sair de casa, pois a falta de dinheiro e a insegurança com sua renda no futuro é muito presente na vida dos brasileiros.

E como a economia trabalha com um ciclo produtivo, uma vez que não há circulação de dinheiro no mercado, a expectativa é a de que mais empresas fechem definitivamente. Dessa forma, o desemprego bate na porta de todos, trazendo ainda mais agonia para às ruas.

Levantamento feito pelo IBGE, divulgado na sexta (17), demostra que a taxa de desemprego acelerou no fim de junho, com o fechamento de mais 1,5 milhão de vagas de trabalho no fim do mês. Entre as empresas, 522 mil suspenderam suas atividades ou fecharam.

Existe, sim, uma dificuldade muito grande em atrair um público ávido por compras nesse momento. E analisando o cenário mundial, outros países que estipularam quarentenas mais elásticas, também tiveram uma redução acima de 30% no consumo durante os períodos mais intensos da pandemia, nos quais as pessoas não se sentem estimuladas em ir às compras, por uma questão de proteção pessoal.

Pelas imagens divulgadas recentemente pela mídia e redes sociais, nota-se que o brasileiro, às vezes até por questões culturais, vem encarando de maneira muito peculiar essa crise de saúde. Muitos não se arriscam em sair para ir ao trabalho, mas se arriscam para organizar festas e reuniões em que o consumo de bebida é alto. Por motivos assim, nos parece que somente a vacina contra a Covid-19 é que vai servir de divisor de águas para uma recuperação do movimento, o que, estimam, deve acontecer somente no ano que vem. Enquanto isso, a crise econômica vai continuar agravando a situação de empresas e famílias, deteriorando tanto oferta quanto demanda.

“Logo na reabertura do comércio teve um boom, mas depois as vendas foram pífias. Oitenta por cento dos nossos lojistas são de vestuário, e o faturamento caiu mais de 60% em comparação com o ano passado”, afirma Aldo Macri, diretor do Sindicato de Lojistas de São Paulo. As restrições para o funcionamento, como horário reduzido e a proibição do uso de provadores, surgem como variáveis que desestimulam o consumidor.

A contribuição do Sindilojas-SP tem sido no sentido de sensibilizar o poder público de que precisamos de forma mais atuante, que o crédito precisa estar disponível para os pequenos negócios. Na conjuntura atual, a sobrevivência dos seus setores depende mais de uma ajuda direta às empresas do que estímulos à demanda.

Somente com as esferas do governo trabalhando de forma sincronizada é que vamos vencer com menos prejuízo essa batalha. Se mostra necessária uma atuação conjunta do Governo Federal e Estadual na liberação de recursos, e um Governo Municipal que compartilhe da necessidade dos empresários que tanto tem sofrido, e dos milhões de desempregados que essa quarentena estendida dão o prenúncio. Precisamos a qualquer custo evitar um colapso social nesse país, que já está tão castigado pela pobreza dos seus cidadãos.

Desde o início da pandemia, o Sindilojas-SP vem insistentemente pleiteando linhas de crédito acessíveis e sem burocracia, principalmente aos micro e pequenos empresários. Veja AQUI tudo o que solicitamos e divulgamos sobre o assunto.

Dúvidas? A equipe do Sindilojas-SP está à disposição pelo 11. 2858-8400,  pelo FALE CONOSCO  ou ainda pelo WhatsAPP 11 2858.8402.

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