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Black Friday: um jogo que se ganha no treino

18 de outubro de 2022

Por: Gleidys Salvanha/Outubro de 2022, do site Think with Google

Os últimos anos foram desafiadores, com uma série de acontecimentos que não poderíamos prever. Primeiro, veio a pandemia. Depois, a crise na cadeia de suprimentos. Por fim, a guerra na Ucrânia e o aumento da inflação no mundo todo. É neste contexto de volatilidade que acontece a Black Friday de 2022, que, neste ano, conta com um ingrediente a mais: pela primeira vez, a maior temporada de compras vai ser realizada junto com um dos maiores eventos esportivos do planeta, o mundial de futebol.

Essa conjuntura inédita traz algumas possibilidades, que podem ser potencializadas com o digital. A começar pelos novos consumidores que surgiram com a internet: 5 milhões de pessoas começaram a comprar online entre 2021 e 2022 no Brasil, e a previsão é de que o comércio eletrônico cresça 42% até 2025.1 E em tempos de bolso apertado, uma data promocional tem um papel ainda mais importante para viabilizar o consumo. Não por acaso, 7 em cada 10 brasileiros pretendem comprar nesta Black Friday.2

Para navegar em meio a tudo isso e criar as melhores estratégias para a sua marca, é preciso levar em conta três pontos: o que os consumidores querem, como eles estão comprando e o papel que o maior campeonato de futebol do mundo vai desempenhar nesta temporada.

1. O que os consumidores estão buscando

Assim que a pandemia começou, as buscas por produtos baratos dispararam. De uma hora para outra, as pessoas precisavam equipar suas casas, que tinham se transformado em escritórios, escolas e academias. Como não se sabia quanto tempo essa situação continuaria, as compras deveriam resolver uma demanda emergencial e, por isso, quanto menos se gastasse, melhor.

Mas, com o passar do tempo, essa tendência se inverteu. Depois de dois anos, o consumidor se digitalizou e se tornou mais exigente. Ele não quer mais apenas “o que dá para comprar”, e está em busca do que atende todas as suas necessidades. Ele está mais consciente sobre suas escolhas e tem clareza sobre o que realmente deseja. Tanto que 85% dos brasileiros estão comprando de forma mais intencional.3

E durante a Black Friday isso não é diferente. É claro que a maior parte das buscas — 95% delas — são por termos relacionados a promoções, ofertas, descontos e cashback.4 Mas podemos observar também uma procura pelo “melhor” produto ou serviço. Em 2021, por exemplo, as pesquisas por essa expressão foram 20% maiores que em 2020.5

E isso tem uma explicação: com o orçamento comprometido por diversos fatores, como inflação e dívidas, a Black Friday é a oportunidade de comprar algo que se deseja há muito tempo, mas sem perder a qualidade de vista. Afinal, quando há menos dinheiro, a escolha precisa ser ainda mais certeira.

2. Como saber o que é melhor?

Mais do que nunca, as pessoas precisam ter segurança de que estão fazendo um bom negócio. E a busca por essa certeza, pela melhor oferta para elas, se dá em diversos canais. A fonte número 1 de informação são os buscadores: 42% dos consumidores utilizarão ferramentas de busca para pesquisar informações sobre preços, descontos e produtos na Black Friday neste ano.6

Mas o YouTube também terá um papel fundamental. Para 85% dos usuários, a plataforma ajuda a tomar a decisão de comprar ou não comprar mais rapidamente.7 E no YouTube, a compra e o entretenimento estão cada vez mais misturados. Por isso, lembre-se sempre de criar campanhas cada vez mais intuitivas, visuais e engajadoras.

E vale lembrar que, mesmo quando a compra é offline, o digital tem papel decisivo na tomada de decisão dos consumidores, tanto que as pesquisas por “aberto agora perto de mim” cresceram mais de 400% no mundo todo.8

O que é importante entender sobre essa jornada é que caminhar lado a lado com o consumidor fará toda a diferença lá na frente, na hora da conversão. A decisão sobre o que é melhor está sendo construída agora e você pode (e deve) fazer parte dela. Do estímulo ao desejo, até o processo minucioso da escolha. Quando pensamos sob essa lógica, a Black Friday se torna um jogo que se ganha no treino.

3. O elemento surpresa

A analogia esportiva não é à toa. Afinal, em 2022, temos mais um jogador em campo: o mundial de futebol. A estreia do Brasil na competição acontece justamente na quinta-feira que antecede a Black Friday.

O campeonato até pode ser uma distração no exato momento do jogo, mas, nas horas seguintes, essa distração tem tudo para ser rapidamente compensada. Uma dica importante é ter em mente que as pessoas estarão ligadas nas partidas na TV, mas com o celular em mãos. Por isso, não podemos perder de vista a migração para o mobile que o mundial pode provocar.

E, claro, dois eventos tão importantes acontecendo simultaneamente podem potencializar o desejo por alguns produtos específicos. Em média, os brasileiros devem comprar 5 categorias de produto.9 Dessa forma, TV e vídeo, eletrodomésticos e eletroportáteis, muito procurados na Black Friday, devem figurar junto com artigos esportivos, alimentos e bebidas, e produtos e serviços, impulsionados pelo mundial.

Preparo e improviso

Uma coisa é certa: teremos uma Black Friday sem precedentes. Vivemos um novo contexto, com novas incertezas, mas também com muitas possibilidades. Para identificá-las e aproveitá-las ao máximo, é importante estabelecer um novo mindset, que combine preparo e improviso.

Isso significa que sua marca precisa estar pronta para despertar desejos e ajudar o consumidor a ter mais certeza de que está fazendo um bom negócio. Ter uma estratégia centrada em dados prioritários também é essencial para entender o que oferecer para essas pessoas, em que momento, e em todos os canais. E, por fim, aposte na automação para mudar a rota e capturar novas oportunidades em tempo real. Afinal, o melhor antídoto para a incerteza é estar pronto para ela.

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